Métodos de irrigação

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Fábio Rodrigues de Miranda - Embrapa Agroindústria Tropical

Vitor Hugo de Oliveira - Consultor autônomo

 

Métodos de Irrigação


Na irrigação do cajueiro recomenda-se o uso da microirrigação (microaspersão ou gotejamento), que apresenta as seguintes vantagens sobre outros métodos de irrigação: redução da incidência de doenças foliares e plantas invasoras, economia de água devido à redução de perdas por evaporação e alta eficiência de irrigação, adaptação a diferentes tipos de solos e topografias, economia de mão de obra e aplicação eficiente de fertilizantes via água de irrigação (fertirrigação). O custo inicial de um sistema de microirrigação para o cajueiro varia de R$3.000,00 a R$4.500,00 (U$2000 a U$3000) por hectare.

Na microaspersão recomenda-se o uso de um emissor por planta, com vazão nominal de 30 a 70 L h-1 e diâmetro molhado de 3,5 a 5,0 m. No gotejamento devem ser utilizados na irrigação de plantas adultas um mínimo de quatro gotejadores por planta, no caso de solos argilosos, até oito gotejadores por planta para os solos arenosos.

Para escolher entre o sistema de irrigação por microaspersão ou o gotejamento deve-se considerar a disponibilidade hídrica (quantidade e qualidade) e o tipo de produto a ser explorado (castanha ou pedúnculo para mesa). No gotejamento há uma maior economia de água e energia, visto que as perdas de água por evaporação na superfície do solo são menores e o sistema opera com menor pressão de serviço. Por outro lado, o risco de entupimento de gotejadores é maior que o de microaspersores, exigindo uma melhor filtragem, principalmente quando a água utilizada for de superfície, com muita matéria orgânica. O gotejamento oferece, ainda, a vantagem de não molhar os frutos que caem ao solo, permitindo colheitas menos freqüentes caso o principal produto explorado seja a castanha.

 

Foto: Vitor Hugo de Oliveira

 Figura 1. Planta jovem de cajueiro-anão precoce irrigada por microaspersão.

 

Foto: Vitor Hugo de Oliveira

Figura 2. Planta adulta de cajueiro-anão precoce irrigada por microaspersão.
 

Foto: Fábio Rodrigues de Miranda

 

Figura 3. Cajueiro-anão precoce irrigado por gotejamento.