Cana
Álcool
Autor
Carlos Eduardo Freitas Vian - Consultor autônomo
O segmento sucroalcooleiro tem participado ativamente da atividade agrícola brasileira. Na safra 2007/2008, o Brasil produziu, aproximadamente, 22,5 bilhões de litros de álcool, dos quais grande parte foi destinada ao mercado interno, que vem ganhando destaque no segmento agroindustrial brasileiro, devido à retomada do aumento do consumo doméstico em decorrência do preço competitivo do combustível em relação à gasolina.
Há, ainda, um potencial de crescimento na exportação do álcool brasileiro, que, possivelmente, será utilizado para atender parte da demanda mundial por etanol. A produção de álcool está em fase de expansão, já que o produto é barato, renovável e útil como alternativa para a matriz energética mundial. A tendência de aumento de sua produção no Brasil ocorre por vários fatores, como: aumento da frota de carros bicombustível (demanda interna), Protocolo de Kyoto (demanda externa) e aumento do preço do petróleo.
Com a entrada em operação de mais 16 novas usinas no Centro-Sul do Brasil na safra 2007/2008, a oferta do combustível limpo aumentará, garantindo o abastecimento interno. A prioridade das usinas deve ser o mercado doméstico, enquanto o excedente da produção deve ser destinado ao crescente mercado externo.
Entre 2003 e 2006, início da introdução do carro bicombustível no Brasil, o consumo interno de álcool hidratado aumentou, em média, cerca de 700 milhões de litros a cada ano. A previsão é que o consumo interno fique em torno de 14,8 bilhões de litros, em 2009. A expectativa é que, a cada ano, esse acréscimo no consumo seja de cerca de 1,1 bilhão de litros, devido ao aumento das vendas e à produção de carros bicombustível, que chega a 90,5% da produção de automóveis. A Figura 1 mostra a tendência de crescimento da produção brasileira de álcool a uma taxa anual média de 7,4%.
Figura 1. Projeção de produção de álcool no Brasil entre as safras 2003 a 2017. |