Pesquisa em políticas públicas

Conteúdo atualizado em: 21/02/2022

Autor

Carlos Eduardo Freitas Vian - Consultor autônomo

 

A participação de universidades, órgãos governamentais e centros de pesquisa no delineamento de políticas públicas é extremamente importante para nortear os rumos da sociedade para o desenvolvimento desejado. Alguns grupos de pesquisa que trabalham esta questão de forma específica em relação ao mercado de açúcar e álcool são apresentados a seguir.

Observatório de Políticas Públicas Ambientais da América Latina e Caribe (Opalc)

O Opalc é uma iniciativa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - Sede Acadêmica Brasil - e conta com o apoio e o estímulo do Departamento de Economia e Meio Ambiente da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo do programa é criar um espaço de apoio, informação e serviço para a reflexão crítica entre organismos públicos, instituições acadêmicas e organizações da sociedade civil sobre os processos de definição, formulação, implementação, monitoramento, avaliação e análise de políticas públicas ambientais latino-americanas e caribenhas. O Opalc trata, ainda, da formulação de políticas públicas para a cana-de-açúcar em relação a crédito de carbono e impactos da colheita com queima para o meio ambiente.

Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo (OCTI-SP)

Idealizado pela Divisão de Economia e Engenharia de Sistemas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o OCTI-SP visa promover a discussão de temas relevantes ao setor sucroalcooleiro, envolvendo todas as etapas da cadeia produtiva, pesquisadores e representantes do governo. A partir disso, o grupo busca extrair pontos que sirvam de base para tomada de decisão. Os temas mais discutidos até o momento são: utilização do álcool como matriz energética e os veículos flex fuel (movidos a álcool ou gasolina).

O OCTI-SP é formado por representantes de usinas, grupos de comercialização, produtores de cana, órgãos de classe como União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) e Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), pesquisadores da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq/USP) e do Instituto de Economia Agrícola (IEA), além da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Secretaria da Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Geopi)

O Geopi foi criado pelo Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio do projeto Políticas Públicas para a Inovação Tecnológica na Agricultura do Estado de São Paulo: métodos para avaliação de impactos da pesquisa. O objetivo do programa é avaliar não apenas os aspectos econômicos das pesquisas, mas também os impactos sociais, ambientais e a capacitação tecnológica gerados pela pesquisa científica.

Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe)

O Nipe é subordinado à Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp. Um dos objetivos do Nipe é auxiliar nos estudos e na implantação de uma política energética a níveis municipal, estadual e nacional. A linha de pesquisa Política Energética é coordenada pela Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp e pela Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta) e conta com a participação dos seguintes centros de pesquisa subordinados à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Biológico, Instituto de Economia Agrícola, Instituto de Pesca, Instituto de Zootecnia e Instituto de Tecnologia de Alimentos. O Nipe trabalha, ainda, nas seguintes linhas de pesquisa: Análise da demanda e do suprimento de energia, sociedade e meio ambiente.