Plantio direto

Conteúdo atualizado em: 22/02/2022

Autores

Antonio Dias Santiago - Embrapa Tabuleiros Costeiros

Raffaella Rossetto - Consultora autônoma

 

A sustentabilidade da agricultura depende, entre outros fatores, do uso de práticas conservacionistas que minimizem a degradação dos solos e reduzam suas perdas. O solo é um recurso natural, e como tal, deve ser bem manejado, pois práticas inadequadas tornam a atividade agrícola economicamente inviável, além de causar danos ao meio ambiente.

A filosofia do plantio direto tem em sua essência o equilíbrio do ecossistema, já que possibilita a auto-sustentação em termos econômicos, sociais e ecológicos. Para a cana-de-açúcar, entretanto, as práticas de plantio direto são de difícil aplicação, por ser uma cultura semi perene, cujo preparo do solo ocorre só a cada cinco anos ou mais e que ano após ano há intensa mecanização (colheita, adubação, aplicação de herbicidas). Com isso, geralmente, o solo se encontra compactado, sem condições para a indicação do plantio direto.

Mas o grande período sem movimentação do solo (cana-planta e soqueiras) e a manutenção da palhada no campo (sem queima da cana) fazem com que as perdas por erosão na cultura da cana sejam muito reduzidas. Considera-se, assim, que a cana é uma cultura conservacionista.