Cebola
Adubos e corretivos
Autor
Ronessa Bartolomeu de Souza - Secretaria de Inovação e Negócios
Os solos brasileiros são em sua maioria naturalmente ácidos e pouco férteis, apresentando restrições ao desenvolvimento da cebola. Além dessa acidez natural, o cultivo do solo promove uma acidificação contínua pelo uso de determinados adubos.
Portanto, o uso de corretivos da acidez e de adubos é de grande importância para a produção. Convêm enfatizar que o tipo e a quantidade de calcário e adubos devem ser definidos com base na análise de solo da área que se vai cultivar.
Como principais neutralizantes de acidez têm-se os calcários (carbonatos de cálcio e de magnésio); a cal virgem (óxidos de cálcio e de magnésio); e a cal hidratada (hidróxidos de cálcio e de magnésio).
Dentre os calcários, o dolomítico é o mais adequado para a maioria dos solos por conter maior quantidade de magnésio (> 12% de MgO). O calcário magnesiano apresenta 5 a 12% e o calcítico menos de 5% de MgO. É importante atentar para a relação entre o cálcio e o magnésio no solo que deve ser de aproximadamente 3 a 4:1 mol (Ca:Mg).
No caso de se usar o calcítico faz-se necessário complementar a adubação com sulfato, carbonato ou óxido de magnésio. Além da neutralização da acidez do solo, a calagem supre o cálcio e o magnésio necessários à nutrição da planta. Os demais nutrientes serão fornecidos como adubos minerais e/ou orgânicos no plantio e em cobertura.
Na maioria das vezes, o fósforo, enxofre e os micronutrientes são aplicados de uma única vez e de forma localizada, no plantio. Já o nitrogênio e o potássio são aplicados no plantio e em cobertura, parcelados, na forma sólida ou juntamente com a água de irrigação, em fertirrigação.