Cebola
Lagartas-roscas
Autores
Miguel Michereff Filho - Embrapa Hortaliças
Jorge Anderson Guimarães - Embrapa Hortaliças
Alexandre Pinho de Moura - Embrapa Hortaliças
São pragas que em determinadas épocas do ano e condições de cultivo podem causar prejuízos à cultura da cebola.
Descrição, biologia, ecologia e danos
Foto: Francisca N. Haji
Figura 1. Lagarta Agrotis ipsilon
Foto: Alexandre P. de Moura
Figura 2. Lagarta Spodoptera eridania
Solos com elevado teor de matéria orgânica favorecem a ocorrência de A. ipsilon. Na região Centro-oeste os surtos populacionais de S. eridania são mais frequentes na transição da estação seca para a chuvosa.
As lagartas de ambas as espécies cortam as plantas novas (recém-transplantadas) na região do colo, tendo como consequência, a redução do estande. A injúria causada pela praga será maior se houver alta população de lagartas grandes. As plantas mais desenvolvidas toleram a injúria por mais tempo, porém murcham e podem tombar.
As lagartas podem alimentar-se dos bulbos no campo, em períodos de seca prolongada, favorecendo seu apodrecimento durante o armazenamento. S. eridania também pode danificar as folhas da cebola.
Controle
- realizar bom preparo de solo e eliminar as plantas hospedeiras. O ataque severo da lagarta-rosca está relacionado com a cultura anterior e com o histórico da área, bem como com a utilização de práticas culturais inadequadas. O manejo antecipado (rolagem com rolo-faca) de plantas de cobertura e plantas infestantes é a forma mais promissora de controle desta praga, pois se evita que as lagartas permaneçam na área, caso estejam associadas a estas plantas hospedeiras;
- Em áreas com histórico de infestação severa deve-se evitar o uso de cobertura morta, restos culturais e restos de capina no cultivo. Estes materiais oferecem abrigo às lagartas, protegendo-as de eventuais predadores e das medidas de controle adotadas;
- Eetuar as aplicações de inseticidas ao final da tarde, dirigindo-se o jato de pulverização para o solo, junto à base das plantas e em alto volume de calda;
- Em regiões com ocorrência frequente desta praga podem ser utilizadas iscas tóxicas a base de farelo grosso de trigo, inseticida químico sintético (carbamato ou piretróide) ou ácido bórico, açúcar, suco de laranja e de óleo de soja, além de água para umedecer uniformemente a mistura, que deve ficar suficientemente úmida para ser distribuída na forma de grânulos na lavoura. Aplicar no final da tarde, ao longo das fileiras atacadas.