Ageitec
Cenoura
Viróticas
Conteúdo atualizado em: 23/02/2022
Autores
Agnaldo Donizete Ferreira de Carvalho - Embrapa Hortaliças
Carlos Alberto Lopes - Embrapa Hortaliças
Foi observada pela primeira vez na década de 1960 em lavouras comerciais dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Embora não muito frequente, seu aparecimento pode causar redução de até 50% do peso das raízes. É transmitida pelo pulgão da cenoura Cavariella aegopodii (Figura 1), de forma circulativa (uma vez contaminado o vírus permanece viável dentro do pulgão por muito tempo), adquirindo o vírus de outras plantações. Esse vírus não é transmitido por sementes ou mecanicamente.
Foto: Carlos A. Lopes
Figura 1. Pulgão da cenoura
Os sintomas da doença variam em função da cultivar adotada, da idade da planta e das condições ambientais. Em clima frio, aparece o amarelecimento e avermelhamento (Figura 2), em graus variados nas folhas mais velhas. Com isso o tamanho da planta fica reduzido e prejudica o desenvolvimento das raízes. Inicialmente os sintomas são manchas amarelas, principalmente entre nervuras, estendendo por toda folha. Os sintomas de avermelhamento pode não aparecer ou aparecer dependendo da suscetibilidade de cultivar ou de predisposição de um genótipo produzir pigmentos vermelhos. Muitas vezes os sintomas são confundidos com sintomas de desordens nutricionais. Quando os sintomas aparecem em estádios avançados de desenvolvimento da planta, não ocorre redução significativa em produtividade de raízes.
Foto:Carlos A. Lopes
Figura 2. Sintomas da virose (CtRLV) em cenoura
O principal método de controle dessa virose é a escolha de local livre de espécies da família Apiaceae, uma vez que esse vírus está restrito a esse grupo de plantas. Deve-se fazer a semeadura longe de outras lavouras de apiáceas e evitar a semeadura escalonada. Nos campos de produção deve-se eliminar as plantas voluntárias e apiáceas silvestres. Associada a essas medidas, o uso de cultivares resistentes e o controle do inseto vetor resultam em bons resultados.