Centeio
Calagem e adubação
Autor
Sírio Wietholter - Embrapa Trigo
Calagem
Em razão da tolerância de centeio à acidez de solo e seu usual cultivo em rotação com outras culturas, recomenda-se corrigir pH para valor entre 5,5 e 6,0.
Nitrogênio (N)
Tabela 1. Quantidades de fósforo e de potássio a aplicar ao solo para a cultura de centeio - RS e SC. |
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Teor de P ou de K no solo |
Fósforo | Potássio | ||
1º cultivo | 2º cultivo | 1º cultivo | 2º cultivo | |
Muito baixo | 110 | 70 | 100 | 60 |
Baixo | 70 | 50 | 60 | 40 |
Médio | 60 | 30 | 50 | 20 |
Alto | 30 | 30 | 20 | 20 |
Muito Alto | 0 | ≤30 | 0 | ≤20 |
Para expectativa de rendimento maior do que 2 t/ha, acrescentar, aos valores da tabela, 15 kg P2O5/ha e 10 kg K2O/ha, por tonelada adicional de grãos de centeio a ser produzida. |
A época mais apropriada para aplicação de nitrogênio em cobertura é nos estádios de afilhamento e de alongamento do colmo. Quando centeio for cultivado sobre resteva de milho, e especialmente quando há muita palha, convém antecipar a aplicação em cobertura, pois poderá ocorrer imobilização de nitrogênio.
Nas regiões de clima mais quente e de menor altitude, e quando centeio é antecedido por soja, é recomendável, independentemente do nível de matéria orgânica do solo, restringir a aplicação de N para, no máximo, 40 kg/ha (base+cobertura), a fim de evitar danos por acamamento. Já nas regiões mais frias e de maior altitude e quando o potencial de rendimento de grãos é elevado, doses maiores que as indicadas na Tabela 1 podem ser empregadas na três faixas de nível de matéria orgânica.
Fósforo (P) e potássio (K)
Esses nutrientes devem ser aplicados por ocasião da semeadura, mediante fórmula contendo NPK, e colocados 2,5 cm ao lado e abaixo da semente no solo. Para solos adequadamente supridos em P e em K, o método de aplicação (na linha ou a lanço) não afeta o rendimento de grãos. As doses de P2O5 e de K2O a aplicar, em função da análise do solo, constam na Tabela 2, estando incluída a adubação de correção para os solos com teor “Muito baixo” e “Baixo”, na razão de 2/3 no primeiro cultivo e 1/3 no segundo cultivo, e integral no primeiro cultivo para o teor “Médio”. As fontes de P podem ser fosfatos solúveis (superfosfatos simples e triplo, DAP ou MAP) ou fosfato natural reativo, devendo-se dar preferência aos produtos solúveis quando o teor de P no solo está abaixo do alto. Já as fontes de K podem ser KCl ou K2SO4, preferindo-se KCl, pelo menor custo.
Tabela 2. Quantidades de fósforo e de potássio a aplicar ao solo para a cultura de centeio - RS e SC. | ||||
Teor de P ou de K no solo | Fósforo | Potássio | ||
1º cultivo | 2º cultivo | 1º cultivo | 2º cultivo | |
Muito baixo | 110 | 70 | 100 | 60 |
Baixo | 70 | 50 | 60 | 40 |
Médio | 60 | 30 | 50 | 20 |
Alto | 30 | 30 | 20 | 20 |
Muito Alto | 0 | ≤30 | 0 | ≤20 |
Para expectativa de rendimento maior do que 2 t/ha, acrescentar, aos valores da tabela, 15 kg P2O5/ha e 10 kg K2O/ha, por tonelada adicional de grãos de centeio a ser produzida. |
Micronutrientes e enxofre (S)
Os solos do RS e de SC apresentam, em geral, teores adequados de micronutrientes para produção de cereais de inverno, não havendo necessidade de aplicação destes, exceto quando o potencial de rendimento de grãos é elevado e a análise do solo indicar nível insuficiente. De forma semelhante, a maioria dos solos apresenta teor adequado de enxofre. Mas, no caso de comprovação de deficiência mediante análise de solo (< 5 mg S/dm3), sugere-se aplicar cerca de 20 kg S/ha. Em geral, solos arenosos e com baixo nível de matéria orgânica apresentam maior probabilidade de ocorrência de deficiência de enxofre e também de micronutrientes. Alguns fertilizantes (superfosfato simples, sulfato de amônio, sulfato de potássio) ou fórmulas de fertilizantes NPK com teor baixo ou médio de P2O5 contêm enxofre, fornecendo, portanto, esse nutriente, em quantidades apropriadas às necessidades das plantas.