Umidade Atmosférica

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Edson Eduardo Melo Passos - Consultor autônomo

 

Os climas quentes e úmidos são os mais favoráveis ao desenvolvimento do coqueiro. Nas regiões litorâneas, onde a umidade atmosférica oscila entre 70 e 90%, a umidade atmosférica exerce pouca influência no comportamento dessa planta.

Na região Norte do Brasil, a maior pluviosidade e melhor distribuição das chuvas, fazem com que essa região, na sua maior parte, não apresente déficit hídrico, favorecendo o desenvolvimento do coqueiro; no entanto, a umidade atmosférica superior a 90% na maior parte do ano favorece o aparecimento de doenças fúngicas. No litoral do Nordeste, o déficit hídrico é o principal fator limitante do desenvolvimento do coqueiro; no entanto, a menor umidade atmosférica (Tabela 1) torna os problemas sanitários menos graves, principalmente nos coqueiros cultivados à beira-mar onde a brisa marinha, que deposita partículas de sal sobre a epiderme foliar, inibe a ação de fungos. Nos perímetros irrigados da região semiárida, os longos períodos de estiagem obrigam a prática da irrigação; no entanto, proporcionam ao coqueiro uma copa com maior número de folhas que no litoral devido à menor umidade atmosférica que inibe as doenças fúngicas, como por exemplo, a “queima das folhas” e a “lixa”.


Tabela 1: Precipitação pluviométrica (mm) e umidade relativa do ar (%) dos municípios de Belém/PA e Aracaju/SE, 1985.   

Temperatura

Meses

 

J

F

M

A

M

J

J

A

S

O

N

D

Aracaju/SE

Precip. Pluviom.

8,4

265,9

121,0

395,0

291,0

293,0

232,0

101,6

108,1

5,2

19,6

12,7

Umidade rel. do ar

78,0

77,0

79,0

85,0

80,0

78,0

79,0

80,0

78,0

78,0

80,0

81,0

Belém/PA

Precip. Pluviom.

545,8

388,0

581,0

409,2

281,0

96,3

137,4

196,4

151,0

100,8

152,4

379,0

Umidade rel. do ar

94,0

93,0

94,0

93,0

92,0

89,0

89,0

91,0

89,0

86,0

90,0

90,0

 Fonte: IBGE, 1992.