Coco
Lixa-grande
Autores
Dulce Regina Nunes Warwick - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Viviane Talamini - Embrapa Tabuleiros Costeiros
A lixa-grande foi descrita originalmente na macaúba (Acrocomia aculeata) e no buri-de-praia (Allagoptera arenaria) e, atualmente, é encontrada nos plantios de coqueiro dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e do Nordeste do Brasil . Outra palmeira hospedeira é a piaçava (Attalea funifera).
Agente causal
O fungo causador da lixa-grande é Coccostromopsis palmicola, ascomiceto da ordem Sphaeriales.
Sintomas
Ocorre a formação de estromas marrons, rugosos, circulares, isolados, em linhas ou coalescentes, que surgem principalmente na parte superior dos folíolos, ocorrendo em menor número na face inferior. A ráquis foliar também é bastante atacada. Os estromas desse fungo soltam-se facilmente e são mais superficiais que os estromas da lixa-pequena (Figura 1).
Foto: Dulce Warwick, 2010.
Figura 1. Estromas de lixa-grande, Coccostromopsis palmicola.
Danos e distúrbios fisiológicos
Quando o ataque é severo, os cachos ficam totalmente sem suporte, pendem, e os frutos caem, o que prejudica a produção. Dados sobre a importância econômica da lixa-grande são estimados, tendo em vista a ocorrência de outros patógenos foliares. A lixa-grande, em conjunto com as outras doenças foliares do coqueiro, provoca a morte prematura das folhas inferiores, diminuindo em até 50% a área fotossintética e deixando os cachos mais velhos sem sustentação, com a consequente queda de frutos imaturos.
Controle
Os fungos hiperparasitas são eficientes no controle de ambas as lixas, pois são os mesmos fungos colonizadores. No caso de coqueiro gigante, a adubação mineral tem efeito sobre a incidência da lixa somente no primeiro ano de plantio. A presença de nitrogênio e/ou fósforo proporciona uma menor incidência da doença, enquanto que o potássio tem um efeito contrário, na presença de K a doença é mais severa.