Coco
Broca-do-estipe
Autores
Joana Maria Santos Ferreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Paulo Manoel Pontes Lins - Consultor autônomo
José Inácio Lacerda de Moura - Consultor autônomo
Marco Antonio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Adenir Vieira Teodoro - Embrapa Tabuleiros Costeiros
O adulto de Rhinostomus barbirostris (Coleoptera: Curculionidae) tem cor preta e mede de 1,1 a 5,3 cm de comprimento. Durante o dia, fica abrigado nas axilas das folhas e à noite caminha sobre o estipe, onde a fêmea faz a postura. A larva é ápoda, com o corpo cilíndrico pouco recurvado e os últimos quatro segmentos abdominais atrofiados, desenvolve-se dentro do estipe e pode chegar a 5,0 cm de comprimento. Ao penetrar na planta, expele serragem que fica acumulada no chão ao redor da planta.
Sintomas e danos
A infestação é constatada pela presença de serragem ou de pequenas formações de resina endurecida no orifício de entrada da larva, e pelo aparecimento de manchas longitudinais enegrecidas no estipe, provocadas por escorrimento da seiva. No interior da planta, as larvas formam inúmeras galerias que reduzem ou interrompem o fluxo de seiva. Um ataque severo no estipe, na região próxima à copa da planta, provoca a quebra de folhas ainda verdes, que ficam penduradas ao redor do estipe e secam; o enfraquecimento do estipe, que ocasiona a queda da copa da planta pela ação de ventos fortes e consequente morte da planta. O ataque da praga é mais comum em plantios senis, embora nos últimos anos, tenha sido crescente sua ocorrência em plantios mais jovens, associado à doença resinose.
Controle
Derrubar e queimar plantas fortemente infestadas, para reduzir os focos de propagação da praga. O adulto da praga é susceptível à ação parasitária dos fungos Beauveria bassiana, B. brongniartii e Metarhizium sp. Injetar produtos sistêmicos para controle de larvas no interior do estipe não é uma prática eficiente. Entretanto, algum efeito é obtido se a região do estipe, onde pontos de serragem estão sendo expelidos, for descascada e pincelada com produtos de contato à base de carbosulfano a 1%, ou se essa calda for injetada diretamente nos orifícios de saída dos adultos, ou seja, no final do ciclo da praga, prevenindo novas infestações. Outra forma de reduzir a população da praga é por meio da eliminação dos adultos que ficam abrigados nas axilas foliares das folhas mais velhas. Realizar a pulverização da planta com solução de carbosulfano a 0,2%, utilizando em média 3 L da solução/planta, com o jato dirigido para essa região da planta.
Foto: Ricardo Póvoa,1999
Figura 1. Adulto da broca do estipe Rhinostomus barbirostris.
Foto: Joana Ferreira,2011
Figura 2. Serragem expelida pela larva da broca Rhinostomus barbirostris ao penetrar no estipe do coqueiro
Foto: Ricardo Póvoa,1999
Figura 3. Ataque da broca Rhinostomus barbirostris no estipe do coqueiro.