Lagarta-desfolhadora-das-palmeiras

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Joana Maria Santos Ferreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros

Paulo Manoel Pontes Lins - Consultor autônomo

José Inácio Lacerda de Moura - Consultor autônomo

Marco Antonio Barbosa Moreira - Embrapa Tabuleiros Costeiros

Adenir Vieira Teodoro - Embrapa Tabuleiros Costeiros

 

O adulto da lagarta Opsiphanes invirae (Lepidoptera: Brassolidae) possui asas anteriores marrons, cortadas transversalmente por uma larga faixa amarelo-alaranjada. A fêmea mede cerca de 7,0 a 8,5 cm de envergadura e distingue-se do macho por apresentar coloração mais clara e maior largura da banda transversal amarelada das asas anteriores. Tem hábito diurno, voa alto e rápido, e deposita seus ovos individualizados na página inferior dos folíolos. A lagarta tem corpo verde-claro-brilhante, coberto por fina pubescência branca e marcado por duas finas listras longitudinais amarelo-ocre. Possui, na cabeça, dois prolongamentos espinhosos alaranjados, e o último segmento abdominal termina em cauda longa, bífida e coniforme. Durante o dia, permanece imóvel na dobra do folíolo por cima de uma secreção fina sedosa que, aliada à sua coloração verde, torna-a quase imperceptível. Em seu último estádio, mede cerca de 10,0 cm. A crisálida é de cor verde e possui longitudinalmente três finas listras avermelhadas, das quais duas laterais e uma dorsal. A região cefálica é marcada por duas pequenas manchas douradas.

 

Sintomas e danos

Em caso de severo ataque, causa desfolhamento parcial ou total da planta, dano que atrasa o desenvolvimento da planta e provoca redução da produção. As espécies desse gênero podem ser perigosas, por suas populações repentinas e pela grande voracidade das lagartas.

 

Controle

Os adultos de O. invirae são atraídos para iscas atrativas contendo melaço de cana-de-açúcar puro ou adicionado a frutos apodrecidos, onde ao pousar, ficam presos ao material viscoso. A distribuição de armadilhas atrativas no campo é uma forma prática e eficiente de monitorar o aparecimento da praga na plantação e de reduzir sua população. Práticas de controle em áreas infestadas devem ser realizadas, de preferência, com produtos comerciais à base de Bacillus thuringiensis na dosagem de 100 g do p.c./L de água, utilizando cerca de 400 L/ha, no intuito de reduzir a população da praga e preservar a ação natural dos seus parasitoides.

          Foto: Joana Ferreira,2011

      

       Figura 1. Adulto da lagarta desfolhadora do coqueiro Opsyphanes invirae.

          
   

       Foto: Joana Ferreira,2011

      

      Figura 2. Lagarta de Opshyphanes invirae.