Madeireiros

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autor

José Elidney Pinto Junior - Embrapa Florestas

 

Desde o uso inicial da madeira de eucalipto para a produção de lenha, dormentes e postes no Brasil, ocorrido no começo do século XX, e para a fabricação de celulose e papel na Europa, por volta de 1919, muitas espécies vêm ganhando crescente importância e tornando-se mundialmente expressivas.

Valores estimados por GIT Forestry Consulting no final de 2009 indicaram uma área de 20,60 milhões de hectares de florestas plantadas com eucaliptos na Ásia (40,78%), nas Américas (36,41%), África (11,65%), Europa (6,31%) e Oceania (4,85%), sendo a maior parte com propósitos industriais. Parte substancial da celulose de espécies folhosas usadas na fabricação de papel para impressão e escrita é oriunda de plantações de eucalipto feitas pelos maiores produtores mundiais, principalmente Brasil, Índia, África do Sul, Portugal, Angola, Espanha, China, França e Japão. A tendência do comércio internacional de celulose de eucalipto continua motivando o estabelecimento de centenas de milhares de hectares de plantações no mundo. O uso da madeira de eucalipto para energia industrial também tem sido crescente em diversos países, como consequência das crises mundiais do petróleo, ocorridas em 1973, 1979, 2001 e 2008.

O emprego industrial da madeira de eucalipto no Brasil tem sido crescente nas últimas cinco décadas, com plantações destinadas à produção de celulose, papel, carvão vegetal, prestando-se ainda para a fabricação de lâminas e compensados de madeira e painéis de madeira reconstituída, tais como painel de partícula de madeira (aglomerado-MDP e OSB) e painel de fibra de madeira (chapa de fibra, MDF e chapa isolante), além de madeira serrada para movelaria e construção civil. Complementarmente, a madeira de eucalipto tem sido utilizada para postes, mourões para cercas e outras aplicações rurais, além de lenha para queima direta.