O plantio de espécies florestais de rápido crescimento, como o eucalipto, além de servir de fonte de fibras, madeira, energia e óleos essenciais, traz uma série de benefícios indiretos ao meio ambiente, pela conservação do solo (diminuição dos efeitos da erosão, ciclagem de nutrientes, etc.), conservação da água (participação no ciclo hidrológico através da evapotranspiração) e contribuição para atenuar os extremos climáticos de uma localidade.

Vale ressaltar que tais benefícios indiretos não se constituem vantagens proporcionadas exclusivas pelos eucaliptos, podendo ser extrapoladas para qualquer tipo de árvore, seja na condição natural ou plantada.

Tal como qualquer cultura agrícola tradicional, a eucaliptocultura é também uma atividade expressivamente econômica.

No Quadro 1 abaixo, encontram-se relacionadas as principais finalidades da produção florestal advinda de plantios de eucalipto. Como “produto” não tradicional tem-se o elemento carbono, cuja imobilização temporária no lenho ou adicionado na forma de matéria-orgânica advinda da decomposição das raízes e dos materiais depositados sobre o solo, contribui para mitigar a concentração de gases de efeito estufa. Essa vertente está prevista como uma nova oportunidade de mercado desde que devidamente formalizada segundo protocolos estabelecidos internacionalmente.

Quadro 1. Espécies de eucaliptos e/ou híbridos comerciais com maior aptidão quanto ao tipo de matéria-prima em função do manejo (corte raso ou condução por desbastes e desramas).