Eucalipto
Controle de plantas daninhas
Autores
Leonardo Rodrigues Barbosa - Embrapa Florestas
Dalva Luiz de Queiroz - Embrapa Florestas
Plantas daninhas, também conhecidas como infestantes ou invasoras, são aquelas indesejáveis, que crescem e se multiplicam entre as culturas de interesse econômico. Normalmente são espécies pioneiras, altamente agressivas e, por estas razões, mais competitivas do que as plantas cultivadas. Desta forma, competem por espaço, água e nutrientes, muitas vezes dominando o ambiente e causando perda de produtividade e prejuízos para os plantios.
Podem também ser repositórios de insetos-pragas, fungos, bactérias e vírus fito-patogênicos. Neste caso, servirão de inóculo de pragas e doenças, facilitando a propagação destes entre os plantios. Por outro lado, algumas plantas, anteriormente consideradas daninhas, hoje são reconhecidamente benéficas como fonte de alimento e abrigo para os inimigos naturais das pragas, principalmente predadores.
Assim, o manejo de plantas daninhas em florestas plantadas deve considerar o conhecimento prévio das espécies de plantas componentes do sub-bosque. Atualmente, para a maioria dos locais não se recomenda a retirada de todas as plantas do sub-bosque, pois pode haver um aumento no número de pragas, maior exposição do solo e, consequentemente, maior perda deste por lixiviação ou erosão. Assim este sub-bosque deve ser manejado de forma a não competir com a floresta.
Algumas plantas altamente invasoras, como é caso de várias gramíneas exóticas, utilizadas em pastagens, tais como as braquiárias, podem ser manejadas com o uso de herbicidas. Para que as plantas de eucalipto cresçam sem competição é necessário manter, pelo menos no primeiro ano, a área da projeção da copa ou toda a linha de plantio, limpa de plantas daninhas. Nas entrelinhas, pode-se manejar estas plantas como uso de roçadeiras, que não elimina totalmente as plantas indesejáveis, mas as mantém baixas, evitando assim o sombreamento das árvores jovens de eucalipto.