Irrigação

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autor

Guilherme de Castro Andrade - Embrapa Florestas

 

A irrigação em plantações de eucalipto é mais utilizada para garantir a sobrevivência das mudas após o plantio. Na prática, é uma irrigação periódica das mudas durante o primeiro mês do plantio caso ocorram estiagens prolongadas. As aplicações podem variar de duas a cinco, pois dependem do tipo de solo e da intensidade da seca, sendo colocados três litros de água por muda em cada operação. Considerando um raio de 25 cm ao redor da muda, onde a água se concentra, esta quantidade seria equivalente à reposição de água no solo de uma chuva de 15 mm. Além disto, pode-se usar no momento do plantio um gel aderente envolvendo o substrato da muda para diminuir a perda de umidade.

Apesar da irrigação convencional não ser uma atividade de rotina nos plantios de eucalipto, durante o ciclo da floresta, há resultados de ganhos de produtividade em plantios irrigados, principalmente em regiões com déficit hídrico acentuado. As questões fundamentais da adoção seriam a viabilidade econômica, o problema da irrigação de extensas áreas e do tempo relativamente longo de rotação dos plantios.

Outro meio de irrigação é o lançamento periódico de resíduos líquidos, devidamente compostado e isentos de restrições ambientais (lodo e efluentes) em plantios florestais. Como em muitas áreas florestais, a produtividade é limitada de maneira moderada ou severamente pela falta de nutrientes ou de água, a irrigação do solo com resíduos líquidos pode melhorar o regime hídrico do solo e também aumentar a quantidade de nutrientes do sítio e favorecer o crescimento das árvores. O tipo, a extensão e a duração da resposta das árvores dependerão de vários fatores, incluindo a espécie, idade, sítio e das doses e composição do resíduo aplicado.