Desbaste

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Antonio Francisco Jurado Bellote - Consultor autônomo

Helton Damin da Silva - Consultor autônomo

 

Os desbastes de plantios florestais são operações necessárias de retirada de árvores finas e/ou defeituosas, para favorecer o crescimento das árvores remanescentes e se obter toras de diâmetros elevados ao final da rotação. O objetivo final é a produção de toras para serraria e de postes de grandes dimensões. Quando o objetivo for a produção de maior volume possível de madeira de pequenos diâmetros, em espaço de tempo menor até o corte final, os desbastes não são necessários.

A estratégia depende da qualidade do sítio, ou seja do solo e do clima, sendo que  o mais recomendável para se obter maior volume de madeira é efetuar desbastes leves e frequentes. Deve-se evitar a retirada de grupos de árvores, procurando-se manter uma distribuição uniforme de espaçamento entre as árvores remanescentes. Isso evita a formação de clareiras, que propicia o crescimento de plantas invasoras entre as árvores e a formação de brotações laterais que prejudicam a qualidade da madeira. Este último inconveniente ocorre devido ao estímulo de gemas dormentes ao longo do fuste pelo estímulo da luz e também quando as árvores entortam devido aos desbastes excessivos.

 

Sistemas de desbastes

Desbastes sistemáticos são aqueles em que o corte das árvores é feito seguindo-se um esquema padrão, com base em sua posição no talhão ou povoamento (por exemplo, linhas alternadas, uma linha inteira de árvores retiradas a cada duas, três ou mais linhas remanescentes, etc). Já os desbastes seletivos são aqueles onde a opção de retirada recai sobre as árvores mais finas e/ou defeituosas. Os desbastes sistemáticos são recomendáveis para plantios muito homogêneos, e os seletivos quando o povoamento for mais heterogêneo.