Feijão
Consumo
Autor
Alcido Elenor Wander - Embrapa Arroz e Feijão
Osmira Fatima da Silva - Embrapa Arroz e Feijão
O consumo de feijão é regionalizado, conforme preferências locais, local de moradia (se domicílio rural ou urbano) e condição financeira. Em classes menos favorecidas, o consumo per capita tem se mantido em patamares mais elevados, quando o poder aquisitivo destas famílias não limitar o acesso ao alimento.
Segundo estimativas da Embrapa Arroz e Feijão (2023), o consumo médio aparente per capita de feijão-comum em 2021 foi 12,2 kg/hab. E, considerando o período de 1996-2021, percebe-se um declínio no consumo aparente per capita, depois de ter chegado a 18,8 kg/hab, em 1996.
Entre os feijões consumidos no Brasil, 80% são de feijão-comum (Phaseolus vulgaris) e 20% são de feijão-caupi (Vigna unguiculata). O feijão-comum consumido no Brasil, por sua vez, está assim distribuído: 56% carioca, 21% preto e 3% especiais.
Ao longo dos anos, o consumo per capita tem sido decrescente, em razão de diversos fatores, dentre os quais é possível destacar a substituição por outros alimentos mais acessíveis e convenientes no seu preparo.
É importante lembrar que o feijão é uma fonte potencial de proteína vegetal, que pode ser utilizada pela população que busca algum grau de substituição de proteínas de origem animal.
Além da diversidade de tipos de grãos, existe também uma variabilidade genética dentro de cada tipo de grão em relação a teores de proteína e minerais (ferro, zinco entre outros). Teores mais elevados podem tornar o feijão fonte desses nutrientes para populações com maior carência nutricional. Um exemplo disso são as cultivares biofortificadas, que possuem teores maiores e, assim, podem prover uma alimentação mais saudável às populações.