Feijão
Subirrgação
Autor
Luís Fernando Stone - Embrapa Arroz e Feijão
As principais vantagens decorrentes da adoção da subirrigação são as seguintes:
a) pode ser empregada em solos com elevada taxa de infiltração ou reduzida capacidade de retenção de água;
b) a exigência de mão de obra é inexpressiva;
c) não interfere com práticas culturais e fitossanitárias;
d) requer menor quantidade de água e energia que outros métodos de irrigação.
Como desvantagens do sistema, destacam-se as seguintes:
a) requerimento de topografia e da presença de lençol freático a uma pequena profundidade do solo;
b) inadequação para algumas culturas;
c) requerimento de solos e água sem riscos de salinização.
Na subirrigação (Figura 1), a umidade atinge as raízes das plantas por meio da ascensão capilar. Em várzeas, o lençol freático deve ser mantido a uma profundidade tal que permita obter a melhor combinação entre água e ar na zona radicular. O manejo da água de irrigação e/ou a drenagem reveste-se de fundamental importância, uma vez que a planta do feijoeiro é extremamente sensível aos excessos de água e, da mesma forma, à toxidez de alguns elementos químicos comuns nesses solos.
Foto: Lauro Pereira da Mota |
Figura 1. Subirrigação. |
A profundidade do lençol restringe a produtividade do feijoeiro, pois, abaixo da linha de saturação, não há aeração e, sem aeração, as raízes não se desenvolvem. A profundidade ótima do lençol freático é um dado fundamental para o projeto de instalação de drenagem, uma vez que, com base nessa profundidade, são calculados a profundidade, o espaçamento, o diâmetro e outras características dos drenos. Do ponto de vista técnico, pode-se definir a profundidade ótima do lençol freático como aquela que não ocasiona diminuição na produção do feijoeiro.