Rotação de culturas

Conteúdo atualizado em: 23/02/2022

Autor

Liv Soares Severino - Embrapa Algodão

 

A rotação de culturas é uma prática necessária para evitar o empobrecimento químico do solo e reduzir a ocorrência de doenças e pragas, responsáveis pela queda da produtividade e pelo aumento do custo de produção. A rotação também melhora as propriedades do solo (estrutura, fertilidade e teor de matéria orgânica) e reduz a ocorrência de plantas daninhas.

Recomenda-se que não se repita por mais de três anos a cultura da mamona na mesma área, pois a cada ciclo aumenta o risco de pragas, doenças e esgotamento químico do solo. Este risco é ainda maior em áreas extensas, acima de 100 ha.

A cultura a ser rotacionada com a mamona deve ser escolhida entre as opções tradicionalmente cultivadas na região, que preferencialmente não tenham pragas e doenças em comum e que seja o mais diferente possível da mamona quanto a exigência nutricional e ao tipo de raiz, como gramíneas (como por exemplo, capins, milho, milheto) ou leguminosas (por exemplo, amendoim, soja e fava). Existem muitas opções de esquemas de rotação. Na região de cerrado há a sequencia mamona-milho-algodão-amendoim ou soja-mamona-milho-algodão-milheto e na região semiárida, algodão-caupi-mamona ou mamona-amendoim-gergelim.

Sempre que possível, o esquema de rotação deve conter uma espécie que produza muita palhada para cobrir o solo e ser fonte de matéria orgânica e outra da família das leguminosas, que fixe nitrogênio no solo.