Sistema diferenciados de cultivo

Conteúdo atualizado em: 23/02/2022

Autores

Valinei Soffiati - Embrapa Algodão

Augusto Guerreiro Fontoura Costa - Embrapa Algodão

João Henrique Zonta - Embrapa Algodão

Tarcísio Marcos de Souza Gondim - Embrapa Algodão

 

Cultivo consorciado

Compreende o cultivo de duas ou mais culturas em fileiras distintas, numa mesma área. É uma prática consagrada entre os pequenos agricultores, que utilizam o cultivo simultâneo de diferentes culturas em uma mesma área como estratégia para diversificação da produção e redução de riscos de prejuízos frente à frequente irregularidade climática nas regiões semiáridas.

O sistema consorciado é recomendado para pequenas áreas nas quais os tratos culturais são manuais e feitos com mão de obra familiar.

Nos cultivos de mamoneira consorciada se utilizam cultivares com ciclo longo (200 dias ou maior) e porte médio a alto. A densidade populacional da mamoneira consorciada deve ser inferior a 4.000 plantas ha-1, em arranjos espaciais de 3,0 m x 1,0 m, em fileiras simples, ou 4,0 m x 0,5 m, 4,0 m x 0,8 m e 4,0 m x 1,0 m, conforme solos de baixa, média e alta fertilidade, respectivamente, distribuindo-se de três a cinco linhas intercaladas de feijão (caupi ou comum) ou amendoim.

Para mamoneira de baixo porte, alguns trabalhos indicaram que no arranjo espacial de 1,5 m x 1,0 m a ‘BRS Energia’ consorciada com uma linha de feijão-caupi entre fileiras atingiu experimentalmente o rendimento de 1.370 kg ha-1 de bagas e 376 kg ha-1 de grãos de feijão-caupi.

 

Foto: Tarcísio M. de S. Gondim Figura 1. Visão geral do consórcio Mamoneira BRS Energia + Feijão Caupi.

          

Foto: Tarcísio M. de S. Gondim  Figura 2. Detalhe do espaçamento do consórcio Mamoneira BRS Energia + Feijão Caupi.