Pragas Quarentenárias

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Flávia Rabelo Barbosa - Consultora autônoma

Beatriz Aguiar Jordão Paranhos - Consultora autônoma

 

Praga quarentenária é todo organismo de natureza animal e/ou vegetal, que estando presente em outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta. Tais organismos são geralmente exóticos para esse país ou região e podem ser transportados de um local para outro, auxiliados pelo homem e seus meios de transporte, através do trânsito de plantas, animais ou por frutos e sementes infestadas. As pragas quarentenárias se agrupam em duas categorias:

A1 – são as pragas exóticas não presentes no país e

A2 – são pragas de importância econômica potencial, já presentes no país, porém apresentando disseminação localizada e submetidas a programa oficial de controle.

 

São consideradas pragas quarentenárias na fruticultura, para o Brasil, as moscas-das-frutas: Anastrepha ludens (moca-das-frutas mexicana), Anastrepha suspensa (mosca-das-frutas do Caribe), Ceratitis rosa (mosca-das-frutas-de-natal), Daucs cucurbitae (moca-do-melão), D. tryoni (mosca-de-queensland), Toxotripana curvicauda (mosca-do-mamão) e Bactrocera carambolae (moca-da-carambola). Além das moscas-das-frutas citadas, são ainda relacionadas como pragas quarentenárias para as frutíferas no Brasil: a mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi), o gorgulho da manga (Sternochetus mangiferae) e a cochonilha rosada (Maconellicoccus hirsutus). No caso específico da manga, o impacto negativo da introdução da mosca-da-carambola, bem como da mosca-negra-dos-citros e de outras pragas A1, como o gorgulho-da-manga e a cochonilha rosada, pode ter conseqüências desastrosas tanto econômica quanto ambientalmente. Mas medidas preventivas para evitar a entrada dessas pragas no Brasil e na região do Vale do São Francisco estão sendo tomadas.

De maneira semelhante, também estão sendo executadas medidas preventivas para evitar a entrada de pragas do tipo A2 no Vale do São Francisco uma vez que a ocorrência deste tipo de praga em alguns estados brasileiros foi registrada.