Broca da mangueira
Autor
Flávia Rabelo Barbosa - Consultora autônoma
A broca-da-mangueira (Hypocryphalus mangiferae) tem como único hospedeiro a mangueira, sendo encontrado, geralmente, em todas as regiões do mundo onde existe esta fruteira. Com exceção do Brasil, em todos os países onde ocorre é inexpressiva como praga. A presença do fungo Ceratocistis fimbriata, agente causal da doença “seca da mangueira”, em nosso país, faz com que H. mangiferae seja de relativa importância, por ser vetor dessa doença. Contudo, o fungo pode também infectar as plantas, penetrando pelas raízes, sem necessidade de vetor, como também pode ser disseminado pelas mudas.
A broca-da-mangueira ataca a região entre o lenho e a casca da mangueira, iniciando pelos ramos mais novos da parte superior da planta. Posteriormente, atinge os galhos inferiores, progredindo em direção ao tronco. A penetração do inseto na planta ocorre pelas cicatrizes da inserção das folhas ou extremidades cortadas.
Medidas de controle
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Proibição da entrada de mudas de outras regiões, em áreas onde a doença não ocorre.
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Utilização de porta-enxertos resistentes, tais como, Carabao, Manga d’água, IAC-103 (Espada Vermelha) e IAC-104 (Dura).
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Eliminação de plantas novas ou de ramos de plantas adultas que apresentem secamento das folhas e orifícios nos ramos e/ou no tronco deixados pelos besouros.
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Evitar estresses hídrico e nutricional prolongados. As coleobrocas da família dos escolitídeos geralmente atacam plantas enfraquecidas.
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Logo após o aparecimento do primeiro ramo atacado, instalar armadilhas (uma por planta), confeccionadas com recipiente de plástico, com furos na parte superior (volume equivalente a 1 - 2 L), contendo 200 a 300 mL de álcool etílico. A superfície externa deverá ser untada com óleo, para adesividade dos insetos atraídos pelo álcool. O óleo e o álcool deverão ser renovados a cada 30 dias. A pintura da armadilha, na cor amarela ou branca, aumenta a captura dos insetos.