Mosquinha da manga ou mosca da panícula
Autor
Flávia Rabelo Barbosa - Consultora autônoma
É originária da Índia e foi introduzida nas Américas por meio de mudas importadas. O primeiro relato sobre Erosomyia mangiferae, no Brasil, foi feito em 1968, sem que fosse mencionado o local de ocorrência. Em meados de 1993, constatou-se sua presença no Submédio São Francisco. Desde então, tem sido observado na região, acentuado aumento populacional desse inseto, estando presente nos municípios de Petrolina, em Pernambuco, e em Juazeiro, Casa Nova, Remanso e Sobradinho, na Bahia.
E. mangiferae ataca tecidos tenros das plantas, dentre eles as folhas novas e brotações. Nas folhas novas, ocorrem inúmeras pontuações, contendo as larvas em seu interior. Essas pontuações tornam-se escuras e necrosadas, após a saída das larvas, podendo ser confundidas com manchas fúngicas. Contudo, os bordos das folhas atacadas apresentam ondulação característica, observando-se também nas manchas, orifícios decorrentes da saída da larva. Nas brotações e no eixo da inflorescência, observam-se pequenos orifícios, onde há formação de galerias que se tornam necrosadas, apresentando, posteriormente, uma exsudação, principalmente nas brotações.
Foto: Cherre Sade.
Figura 1. Danos de Erosomyia mangiferae em folhas.
Foto: Cherre Sade.
Figura 2. Danos de Erosomyia mangiferae em brotação.
As larvas atacam panículas florais e os frutos em formação no estádio de “chumbinho”. Em conseqüência do seu ataque ao eixo da inflorescência, pode haver perda total da panícula floral, podendo ainda danificar botões florais e provocar a queda de frutos na fase de ‘chumbinho’. A presença dessa praga no campo é de fácil visualização na planta, pois a panícula floral apresenta uma curvatura.