Pulgão
Autor
Flávia Rabelo Barbosa - Consultora autônoma
A ocorrência de pulgões (Aphis gossypii, A. craccivora e Toxoptera aurantii) em mangueira, em condições de campo, não é comum. Entretanto, em plantios comerciais no Submédio São Francisco, observam-se infestações de afídeos causando danos às plantas. São insetos sugadores, polífagos e podem estar em outras culturas ou colonizando plantas invasoras, localizadas próximas ou no interior do pomar.
Os pulgões localizam-se na face inferior das folhas ou em brotações. Ao alimentarem-se da seiva, injetam na planta substâncias tóxicas, que provocam o encarquilhamento, a murcha, o secamento e a queda de folhas. Em flores, provocam o secamento e a queda, reduzindo, conseqüentemente, a produção de frutos. Além disso, há redução da capacidade fotossintética da planta, devido à ocorrência de material fuliginoso formado por fungos.
Controle Cultural
A eliminação de ervas daninhas hospedeiras do pulgão é importante medida de controle cultural. Em levantamentos realizados no pólo Petrolina-PE/Juazeiro-BA, foram constatadas como ervas daninhas hospedeiras de A. gossypii: beldroega (Portulaca oleracea), bredo (Amaranthus spinosus), pega pinto (Boerhaavia diffusa) e malva branca (Sida cordifolia).
Controle Biológico
Cycloneda sanguinea, Scymnus sp., aracnídeos, crisopídeos, sirfídeos e stafilinídeos podem ser usados para controle biológico de pulgões. A presença de microhimenópteros parasitóides também é comum no Submédio São Francisco, nos meses de junho e julho, quando o clima é mais ameno. As fêmeas destes parasitóides realizam a postura no interior do corpo do pulgão, ocorrendo a morte do hospedeiro no final do desenvolvimento da larva. Em todas as fases de desenvolvimento, o parasitóide utiliza o exoesqueleto do afídio como proteção, até a emergência do adulto.