Tripes

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Flávia Rabelo Barbosa - Consultora autônoma

 

No Vale do São Francisco, Selenothrips rubrocinctus e Frankliniella schultzei são as espécies mais comuns de tripes que atacam a mangueira. Nas folhas, o ataque ocorre principalmente na superfície inferior, próximo à nervura central, causando necrose e, posteriormente, queda prematura. As partes danificadas apresentam, inicialmente, coloração prateada que pode evoluir para coloração ferruginosa, com pontos escuros, os quais indicam a presença dos tripes.

 

Foto: Cunha et all (2000).

Figura 1. Danos de Selenothrips rubrocinctus em folhas. 

 

Espécies do gênero Frankliniella têm sido relatadas ocasionando danos em panículas, por sua alimentação em nectários e anteras de flores, que poderá resultar em perda prematura de pólen. S. rubrocinctus e F. schultzei também têm sido reportados danificando frutos. Em altas infestações, o dano é visível na casca dos frutos, que apresentam manchas ou rachaduras que depreciam o seu valor comercial.

 

Foto: Kwee & Chong (1990).

Figura 2. Adulto de Selenothrips rubrocinctus. 

 

Foto: Eduardo Alves de Souza

Figura 3. Danos de tripes em fruto. 

 

 

Controle Cultural


Na entressafra, os tripes sobrevivem em plantas daninhas e o controle destas plantas pode diminuir sua infestação.

 

Controle Biológico


O controle biológico natural de S. rubrocinctus é realizado por larvas de crisopídeos, coccinelídeos e pelos tripes Scolothrips sexmaculatus, Scolothrips sp. e Franklinothrips vespiformis.

Controle Químico


Os princípios ativos fentiona e bifentrina são registrados pelo MAPA para o controle de S. rubrocinctus. Não existe produto registrado para F. schultzei.