Empacotadoras

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autor

Maria Auxiliadora Coêlho de Lima - Embrapa Semiárido

 

A construção de uma empacotadora de manga deve ser planejada considerando, inicialmente, a existência de fontes potenciais de contaminação e de condições que assegurem a adoção de medidas de proteção da fruta. Desta forma, a empacotadora deve situar-se distante de áreas: poluídas e com atividade industrial que ameacem a segurança do alimento; sujeitas a enchentes; propensas a infestação de pragas e doenças; e de difícil retirada de dejetos.

O local deve estar o mais próximo possível da área de cultivo, a fim de minimizar os eventuais danos sofridos pela manga durante o transporte do campo para a empacotadora. Além disso, área deve ser preferencialmente plana, de boa drenagem e com vias de acesso em boas condições de trânsito.

Toda a estrutura da empacotadora deve ser funcional, sendo projetada em função do volume diário de manga que será colhida e embalada, apresentando luminosidade e ventilação adequadas. Os pisos, forros, superfícies de paredes, janelas e portas devem ser lisos, de material resistente e de fácil limpeza.

A água usada nas operações de lavagem da fruta, tratamento hidrotérmico e aplicação de ceras e, eventualmente, de fungicidas deve ser potável. Da mesma forma, a água destinada à higienização de equipamentos e utensílios, ao consumo humano e à higiene pessoal também deve ser potável, devendo existir um sistema de distribuição separado para este tipo de água. Considerando que estas finalidades de uso geram águas residuais, o destino delas deve ser previsto no projeto de construção da empacotadora, observando que não podem ser lançadas diretamente no solo, em açudes, lagos, rios ou outras fontes quaisquer.

Para assegurar a operacionalidade das instalações e os requerimentos de higiene das pessoas que manipulam a manga, devem ser disponibilizadas instalações sanitárias (pias, vasos sanitários e chuveiros individuais) e vestiários em número e a uma distância adequada ao uso dos funcionários. A recomendação é de que se observe o limite de 20 pessoas do mesmo sexo/banheiro. Para fins de redução dos riscos de contaminação da fruta, os banheiros devem estar distanciados de, no mínimo, 50 m da empacotadora. Estas instalações também devem ser de fácil higienização.

No interior da empacotadora, devem ser oferecidos os meios para uma higienização freqüente e eficaz. Para isso, devem existir pias para lavagem das mãos dos funcionários que trabalham nas diversas etapas do processamento da manga. Juntamente com as pias, devem estar disponíveis sabonete, papel toalha e lixeiro com tampa, preferencialmente de pedal.

 

Foto: Joston Simão de Assis

Figura 1. Local para lavagem de mãos dentro da empacotadora. 

 

Devem existir locais específicos para a estocagem de equipamentos e produtos usados na limpeza e desinfecção, do material de embalagem usado na comercialização da fruta e de agroquímicos. Estes locais devem apresentar boa ventilação, facilidade para limpeza e impedimentos ao acesso de pragas, roedores e contaminantes.

É importante prever também uma área específica para acondicionamento seletivo do lixo.