Plantas invasoras
Autor
José Barbosa dos Anjos - Embrapa Semiárido
As plantas invasoras constituem um fator que afeta a economia agrícola, sendo de fundamental importância diferenciar com exatidão uma planta indesejável (planta daninha) das outras de interesse agrícola. Para tanto, é importante lembrar que daninha é toda e qualquer planta não cultivada, que ocorre em áreas cultivadas, causando perdas às explorações agrícolas, por meio da competição por luz, água e nutrientes e em algumas situações servem ainda como hospedeiras de pragas e doenças. Estas e outras perdas conferem às plantas indesejáveis a responsabilidade direta ou indireta de serem causadoras de menores rendimentos do pomar de manga, bem como elevarem o custo de produção. Estas plantas indesejáveis podem apresentar-se como anuais, bianuais e perenes, sendo esse conhecimento indispensável para o seu controle.
Plantas anuais são aquelas que possuem um ciclo vegetativo de, no máximo, um ano, reproduzindo-se, exclusivamente, por sementes. Todo trabalho de erradicação destas invasoras deve estar voltado à não produção de sementes. As bianuais são plantas que no primeiro ano apresentam apenas crescimento vegetativo, para no segundo ano produzirem sementes. As perenes são, na verdade, as plantas indesejáveis de controle mais difícil, visto que se mantêm vivas durante muito tempo, reproduzindo-se todos os anos, além de, geralmente, multiplicarem-se vegetativamente (por rizomas, estolões, etc.). Como exemplo de plantas invasoras perenes, podemos mencionar a tiririca (Cyperus rotundus L.), capim-fino, capim-angola, capim-de-planta (Brachiaria mutica Forsk), grama-seda (Cynodon dactylon L.), entre outros. As principais espécies invasoras que ocorrem no vale do São Francisco e os procedimentos de controle são apresentados a seguir.