Ação Mecânica
Autor
José Barbosa dos Anjos - Embrapa Semiárido
O controle de plantas indesejáveis pode ser feito por meio de equipamentos motomecanizados, manuais e a tração animal e do pastejo direto de ruminantes no pomar. Por medidas de segurança de alimentos, o tráfego de animais de tração ou para pastejo na área do pomar, após a floração, tem restrições, pois constitui um risco de contaminação, devido à possibilidade de alguns patógenos hospedeiros desses animais entrarem em contato com os frutos, transferindo microrganismos que possam causar doenças a quem os consumir.
O controle mecanizado de plantas indesejáveis deve estar associado ao método de irrigação, seja ele de superfície (sulcos e bacias), aspersão subcopa fixa ou móvel, ou localizada (gotejamento e microaspersão).
É importante lembrar que uma movimentação excessiva de máquinas e equipamentos no pomar causa compactação do solo, principalmente quando está úmido. Assim, como nem sempre é possível evitá-los, existe a recomendação de se utilizarem as roçagens manuais ou mecânicas, que permitem controlar os processos de erosão, além de melhorar as condições físicas (estrutura e porosidade) e biológicas do solo.
O uso de equipamentos que promovem a movimentação do solo, como grades, cultivadores, enxadas rotativas, entre outros, no controle de plantas invasoras, deve ser feito, de preferência, fora do período chuvoso, visando proteger o solo dos processos erosivos, mantendo a menor profundidade possível (suficiente para eliminar as plantas invasoras), a fim de que os órgãos ativos do implemento não agridam o sistema radicular da mangueira.
O ideal é manter o solo com uma diversidade de espécies vegetais que favoreça a estabilidade ecológica e minimize o uso de herbicidas. Nos pomares em produção, deve-se manter na fileira das mangueiras, uma faixa-controle de ervas espontâneas, por meio de “mulching”, roçadas ou capinadas.