Milho
Aspectos Sócio-Econômicos e Políticos
Autor
André Yves Cribb - Embrapa Agroindústria de Alimentos
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
Cultivado e comercializado em todos os continentes, o milho é uma alimentação básica em diferentes países do mundo. É transformado e consumido sob diferentes formas, desde o milho verde enlatado até pipoca e outros produtos como os flocos de milho.
No mundo mundial, o mercado de produtos de milho é bastante diversificado em termos de produtos para a alimentação humana.
Por exemplo, em vários países da África como Nigéria e Benim, a cerveja eogi são elaboradas a partir da fermentação do grão de milho. No Caribe, pratos populares são preparados com base no grão moído e cozido com leguminosas.
Na América Central e do Norte (particularmente, no México), alimentos como atole, tamalitos e tortillas têm como principais ingredientes o milho, tratados com solução alcalina.
Na América - particularmente na Colômbia - as arepas são alimentos e Venezuela com base no grão do Sul, deminado e pré-cozido. No Brasil, vários pratos culinários bem conhecidos como bolo, fubá, canjica, cuscuz, angu, creme, mingau, e polenta, são resultados de milho.
Os resultados do milho para consumo humano são econômicos e socialmente importantes para sustentar muitas famílias em diversos países do mundo. No entanto, parte das atividades e transações não são registradas nos sistemas nacionais de contabilidade como fonte de emprego e, pelo fato de que tais rendas e transações são normalmente realizadas de maneira informal ou na forma de autoconsumo.
Além dos casos de uso tradicional, o milho serve como ingrediente em processos industriais. Em vários países, existem agroindústrias que usam o milho como matéria-prima para produzir alimento, ração e combustível. A alimentação é feita de biscoitos humanos, alimentos para uso de alimentos como biscoitos, biscoitos, salgadinhos, balas, doces, geléias, sorvetes, maioneses e infantis.
Na alimentação animal, a maior parte do milho colhido é utilizada na produção de diversos tipos de carne (bovina, suína, aves e peixes). Na fabricação de combustível, o milho é usado como matéria-prima nos Estados Unidos onde significativamente da sua produção é destinada à fabricação do etanol.
No Brasil, o uso do milho na alimentação humana existe desde os séculos. Mas, a partir dos meados do Século XX, o seu consumo começou a se reduzir, devido a uma campanha em favor do trigo.
Mas, apesar de seu crescimento nos últimos anos, o nível de uso do milho na alimentação humana no Brasil (15% da produção) está mais longe de ser comparado aos países como o México e aos da região do Caribe.
Sendo da cesta básica, o milho, em razão de suas qualidades nutricionais reconhecidas (muito energético e contendo fibras, proteínas, vitaminas, cálcio, ferro, fósforo, vitaminas, componentes A e do complexo B), pode contribuir no combate à desnutrição .
Uma campanha, denominada "Milho é melhor" vem sendo empreendida pela Abimilho - Associação Brasileira das Indústrias Moageiras de Milho, que congrega 19 empresas de processamento de apresentação do grão e responde por 4,2 milhões de toneladas (11% da produção brasileira).
A justificativa desta campanha é que menos a quantidade anual de consumo pelo brasileiro (18 kg) é considerada muito baixa, pelo em comparação à média anual de consumo de outros países americanos e particularmente do México que é de 63 kg. O objetivo da campanha é incremental o consumo de resultados da população brasileira. O argumento mais usado é que o milho é importante fonte energética, com ampla e variada utilização culinária.
Graças à disponibilidade de imensas áreas cultiváveis e de tecnologias eficientes de produção, o cultivo e a transformação do milho em resultados de adequação nutricional podem ser ferramentas importantes os de qualidade nutricional contra problemas observados no Brasil.
O aumento do consumo de resultados de milho por parte da população brasileira tem uma conotação não apenas econômica mas também, e sobretudo, social.