Insumos e Equipamentos

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Israel Alexandre Pereira Filho - Embrapa Milho e Sorgo

João Batista Sobrinho

José Carlos Cruz - In memoriam

Décio Karam - Embrapa Milho e Sorgo

Antonio Marcos Coelho - Embrapa Milho e Sorgo

 

Insumos e equipamentos

O rendimento de uma lavoura de milho somente poderá ser máximo se uma série de insumos necessários estiverem disponíveis para uso no momento oportuno. Entre estes insumos, destacam-se: sementes, corretivos e fertilizantes (calcário, gesso, macro e micronutrientes), água, herbicidas, inseticidas, fungicidas e outros, como bactericidas, nematicidas e acaricidas. Os equipamentos utilizados também merecem cuidados especiais.


O agricultor deverá estar pronto para o do plantio quando começa um novo ciclo que terá duração de cerca de 120 dias. A operação de plantio é fundamental para o sucesso da nova safra e, por isso, uma série de providências deve ser tomada para que tudo corra bem. O principal objetivo do planejamento é estabelecer um cronograma de atividades para que o produtor possa realizar o plantio de forma eficiente e segura.
No período de entressafra, o agricultor deverá realizar a análise do solo, adquirir corretivos e fertilizantes, aplicar o calcário e o gesso, quando necessário, fazer a manutenção de máquinas e equipamentos, comprar sementes e armazená-la adequadamente até a data do plantio,  além de adquirir os demais insumos.


Corretivos e fertilizantes

Para que o objetivo do manejo racional da fertilidade do solo seja atingido é imprescindível a utilização de uma série de instrumentos de diagnose de possíveis problemas nutricionais que, uma vez corrigidos, aumentarão as probabilidades de sucesso com a cultura do milho. O instrumento de diagnose mais comum à disposição dos agricultores é a análise do solo e as recomendações das doses de calcário e fertilizantes a serem utilizadas são disponibilizadas nas tabelas de recomendação existentes para as diferentes regiões do Brasil.
Existem diferentes tipos de corretivos da acidez dos solos. O mais comum é o calcário que, de acordo com os teores de cálcio e magnésio, são classificados em dolomítico e calcítico. Existem também os silicatos de cálcio e magnésio.
Na tomada de decisão sob os aspectos técnicos e econômicos em relação à escolha do (s) corretivo (s) a ser (em) usado (s) na calagem, devem-se considerar:
a) análise química do calcário;
b) poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) e o preço por tonelada efetiva.
O preço por tonelada efetiva é o preço do corretivo levando-se em conta o Poder de Neutralização (PN), que avalia a característica química do produto, e a Reatividade (RE), que pondera a característica física do produto, os quais determinam o Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT) e o preço posto na propriedade. 
Para se obter o preço por tonelada efetiva, basta fazer o seguinte cálculo:
 
Preço por tonelada efetiva = Preço na propriedade x 100/PRNT
 
Várias são as formulações de fertilizantes existentes no mercado e o produtor deverá usar aquela que melhor atenda às suas necessidades. Como para cada nutriente existem vários fertilizantes, com diferentes percentuais do nutriente, o produtor deverá adquirir aquele fertilizante cujo preço unitário de nutriente desejado seja menor, a não ser que algum elemento também existente no adubo como, por exemplo, a presença do enxofre no sulfato de amônio, um fertilizante normalmente utilizado como fonte de nitrogênio, possa ser relevante para o agricultor.
A composição exata dos fertilizantes e corretivos poderá ser obtida nos manuais de recomendação para uso de corretivos e fertilizantes existentes nos diferentes Estados ou no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa): (www.agricultura.gov.br). 
Os micronutrientes podem ser aplicados no solo junto com o adubo, aplicado na semente ou aplicado via pulverização durante seu desenvolvimento. Nesse caso, o produtor deverá se certificar se não haverá problemas com a mistura desses produtos químicos.
Com relação a maquinas e equipamentos, o produtor deverá sempre ter em mente a necessidade de manutenção, que poderá ser preventiva ou corretiva.
 

Manutenção preventiva

A manutenção preventiva visa antecipar os problemas, ou seja, fazer com que as chances deles aparecerem seja diminuída. Esse tipo de manutenção visa, primordialmente, diminuir o desgaste das peças e aumentar a vida útil do implemento, além de reduzir a probabilidade de ocorrerem imprevistos durante seu uso, diminuindo, ainda, a chance de ocorrerem atrasos nas atividades da propriedade e, consequentemente, perdas de produtividade e qualidade do produto colhido.

Quando não é feita a manutenção preventiva, a ocorrência da manutenção corretiva se torna muito maior, aumentando custos e prejuízos com as máquinas e, consequentemente, com a condução da lavoura. São relacionadas a seguir algumas medidas que contribuirão para que a condução da propriedade, relacionada ao tópico máquinas e implementos, ocorra sem surpresas:

  • No final da safra, os implementos devem ser lavados, lubrificados, cobertos com algum produto anticorrosivo e guardados em locais onde fiquem protegidos contra a ação do sol e da chuva.
  • Não guardar os implementos com os apoios em contato com o solo.
  • Ter uma caderneta de campo que indique quando e qual manutenção recebeu cada máquina e implemento.
  • Seguir as recomendações dos manuais quanto à reposição de peças, troca de óleo etc.
  • Utilizar óleos e graxas especificados pelo fabricante.
  • Implementos que possuem sistema de molas (como, por exemplo, molas que regulam a profundidade do adubo e da semente, em semeadoras) devem ser guardados com as molas soltas, evitando a perda do poder de tensionamento.
  • Ter sempre na propriedade um pequeno almoxarifado, contemplando as peças de maior desgaste do parque de máquinas.
  • Verificar constantemente o desgaste de peças, levando em consideração a vida útil de cada uma, lembrando que a manutenção preventiva é sempre mais eficiente e de menor custo que a manutenção corretiva.
  • Usar sempre o período da entressafra para a manutenção de máquinas e implementos agrícolas, visando a próxima safra.
  • É muito importante que se faça previamente a regulagem de implementos e máquinas, evitando que isso seja feito no dia do uso, salientando que tal prática é de fundamental importância quando forem usadas colhedoras e plantadoras, pois, nesses casos, é maior a possibilidade de faltar alguma peça na hora do uso.

Outro ponto importante é que os manuais de máquinas e implementos sejam lidos, principalmente pelos operadores. O proprietário deve verificar as necessidades de treinamentos de seus operários e possibilitar-lhes a realização dos mesmos.

 

Manutenção corretiva

Busca–se a eliminação dessa manutenção quando se faz a manutenção preventiva, mas sabe-se que é quase impossível que isso aconteça. Por essa razão é preciso estar preparado para se fazer também a manutenção corretiva, de maneira profissional, buscando sempre colocar o implemento ou máquina na forma de uso inicial, ou seja, do modo como saiu da fábrica, evitando que se façam "gambiarras", o que, com certeza, custará caro ao administrador.

Na manutenção das máquinas e equipamentos deve ser feita uma checagem geral, especialmente nos elementos de corte e de deposição de adubo, engrenagens e correntes de transmissão, discos duplos de corte do carrinho de sementes, limitadores de profundidade, compactadores, condutores de adubo e sementes e, principalmente, dos componentes de distribuição de sementes e adubos. A plantadora deve estar preparada para o espaçamento entre fileiras adequado para cada cultura. Hoje há uma tendência de se efetuar o plantio da soja e do milho no mesmo espaçamento entre fileiras, ganhando tempo na ocasião do plantio.

 

Semente

À medida que se aproxima a data do plantio, o agricultor deverá adquirir sua semente e regular sua plantadora. Para decidir sobre a compra da semente, o agricultor deverá levar em conta o seu sistema de produção (nível tecnológico utilizado) e as condições de solo e clima onde a lavoura será conduzida. Existem sementes de vários preços e de diferentes potenciais produtivos. Portanto, o agricultor deverá optar por uma cultivar que lhe ofereça melhor relação de custo benefício.

O agricultor deverá planejar a época mais adequada para receber a semente, mantendo-a em local de fácil acesso, limpo e arejado, evitando locais úmidos e temperaturas altas. Em caso de financiamento do custeio da lavoura por órgãos oficiais do governo, há exigência que a cultivar esteja relacionada no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (www.agricultura.gov.br) para o Estado onde a lavoura está localizada. No site www.cnpms.embrapa.br/milho/cultivares/index.php são publicadas anualmente as cultivares de milho que estão sendo comercializadas.

Antes do plantio, as condições da plantadora devem ser checadas. Existem diferentes plantadoras no mercado, mas predominam as que têm sistemas de distribuição a disco, que utilizam discos rotativos perfurados, que devem ser trocados conforme as dimensões e formas das sementes (peneira) e a quantidade a ser distribuída no solo, além de exigirem regulagem na rotação conforme a velocidade de deslocamento da máquina, permitindo ao agricultor uma regulagem de acordo com a população de plantas desejada e a peneira de classificação do milho. O agricultor deverá estar atento, pois mesmo que ele utilize a mesma cultivar plantada no ano anterior, ela pode variar em seu formato, exigindo uma nova regulagem da plantadora e uma escolha criteriosa do disco e do anel (liso para sementes chatas ou com friso ou rebaixado para sementes arredondadas) de acordo com a semente a ser plantada, evitando plantio com sementes duplas ou a ocorrência de falhas. Esse problema é sério para os pequenos produtores que não possuem sua própria plantadora e necessitam de serviço de terceiros para a realização do seu plantio.

A regulagem final da plantadora deve ser sempre realizada em condições de plantio (com as sementes tratadas e “gravitadas”, se for o caso) e não nos galpões ou em estradas. O agricultor deve levar em consideração que, para cada cultivar plantada, existe uma faixa de densidade de plantio recomendada. Dessa forma, se o produtor for plantar mais de uma cultivar, a regulagem da plantadora deverá ser repetida para cada tipo de semente utilizada.

Um outro aspecto também importante no plantio é a sua profundidade, que deve ser a mais uniforme possível, permitindo uma emergência das plantas ao mesmo tempo e evitando “plantas dominadas”, que geralmente não produzem espiga, mas competem com as demais por água, luz e nutrientes. A profundidade de plantio deverá variar de acordo com as condições de clima e solo. Em condições que dificultem a emergência das plantas, a profundidade de plantio deverá ser menor. Por outro lado, quando as condições forem favoráveis à germinação e à emergência, o plantio poderá ser mais profundo, se beneficiando de melhores condições de umidade do solo.

Sementes semeadas rasas ou fundas demais ou ainda muito próximas ao adubo podem prejudicar a germinação e a emergência. O adubo deverá estar a cerca de 5 cm ao lado e abaixo da semente. É muito importante monitorar o plantio durante sua execução, cavando o solo, na linha de plantio, para verificar a quantidade de sementes distribuídas por metro e a profundidade das mesmas.

 

Irrigação

No caso do uso de irrigação, o produtor deverá tomar os cuidados necessários com a qualidade da água a ser utilizada e seguir a legislação sobre o seu uso. O manejo inadequado da irrigação pode causar riscos de salinização e gastos excessivos de água e de energia. É necessário atender à legislação pertinente. Usar a água de modo a racionalizar e a causar menor impacto ambiental.

O teor de salinidade e a presença de substâncias poluentes deverão, sempre que possível, ser controlados. Deverão ser realizadas análises de laboratório necessárias para avaliar a qualidade da água de irrigação para a cultura do milho: condutividade elétrica (CE) ou sais dissolvidos totais (SDT); teor de íons (Ca++, Mg++, Na+, carbonatos, bicarbonatos, cloretos e sulfatos), para verificar a Razão de Adsorção de Sódio (RAS) e de elementos tóxicos (principalmente o boro). 

 

Agrotóxicos

Por uma série de razões, tem se agravado o problema de pragas de solo e nos estágios iniciais do desenvolvimento das plantas. Desta forma, o tratamento de sementes com inseticidas é bastante comum e recomendado. A escolha do inseticida a ser utilizado depende das pragas comuns na região. Muitas vezes, o tratamento é feito na propriedade e, nesse caso, o produtor deverá tomar os cuidados necessários de proteção à sua saúde ao manusear esses produtos. Deve-se também levar em conta que o plantio terá que ser o mais rápido possível após o tratamento, evitando, dessa forma, possíveis danos na germinação e vigor das sementes.

O tratamento altera a rugosidade da superfície das sementes, afetando o desempenho da semeadora, dificultando a movimentação no depósito e também nos sistemas distribuidores (discos ou dedos prensores). Uma maneira de contornar este problema de escoamento pode ser o uso de uma substância inerte lubrificante, como o grafite, que diminua tanto o coeficiente de atrito entre as sementes como destas com a parede do reservatório. A dose de grafite indicada para uso no depósito é de, no mínimo, 4 g/kg de sementes. Em termos práticos, recomenda-se uma colher de sopa de grafite para cada compartimento de sementes.

Um outro aspecto importante para a qualidade do plantio é a velocidade do trator. Embora algumas plantadoras permitam que o plantio possa ser realizado com velocidades de até 10 km/h, para plantadoras a disco, a velocidade adequada é em torno de 5 km/h, sob pena de comprometer a densidade de plantio e, consequentemente, o rendimento da lavoura. No caso do uso de irrigação, o produtor deverá tomar os cuidados necessários com a qualidade da água a ser utilizada e seguir a legislação sobre o seu uso. O manejo inadequado da irrigação pode causar riscos de salinização e gastos excessivos de água e de energia. É necessário atender à legislação pertinente.

No manejo de plantas daninhas, pragas e doenças deverão ser privilegiados o manejo integrado com maior ênfase no controle biológico e o manejo cultural (envolvendo rotação de culturas, arranjos espaciais de plantas etc), em detrimento do uso de agrotóxicos. Em muitas situações, um manejo adequado com espaçamento, época de semeadura, cultivar adaptada à região, adubação equilibrada e rotação de culturas, pode reduzir em grande  escala  o uso dos produtos químicos como herbicidas, inseticida, fungicidas, bactericidas e nematicidas.

O manejo químico inadequado pode afetar as culturas subsequentes pelos resíduos químicos, além de levar ao surgimento de invasoras resistentes, ocasionar contaminação de água e de solo, provocar danos ambientais em áreas adjacentes e danos econômicos podendo, em alguns casos, causar problemas à saúde humana. No controle químico, alguns cuidados deverão ser tomados:

  • Minimizar o uso de herbicidas no ciclo agrícola para evitar resíduos.
  • Utilizar agrotóxicos mediante receituário técnico, conforme a legislação vigente.
  • Não utilizar recursos humanos sem capacitação e proteção devidas.
  • Selecionar um agrotóxico com base na identificação e na caracterização das plantas invasoras, insetos ou patógenos, bem como na caracterização do local onde o produto deverá ser aplicado. 
  • Conhecer as características físico-químicas dos agrotóxicos (solubilidade, pressão de vapor, coeficiente de adsorção no solo e meia vida) e avaliar a probabilidade de contaminação do meio ambiente.

O  produtor deverá evitar produtos:

  • Altamente solúveis, pois podem contaminar a água subterrânea.
  • Com alta pressão de vapor.
  • Com coeficiente de adsorção elevado.
  • Com meia vida elevada.
Na aplicação tomar os cuidados de:
  • Calibrar adequadamente os pulverizadores para que eles distribuam uniformemente a calda aplicada.
  • Todas as aplicações de defensivos agrícolas devem ser realizadas por pessoas treinadas, com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), evitando, assim, a intoxicação.
  • Limpar corretamente os equipamentos após a aplicação do produto.
  • Descartar as embalagens em locais previamente definidos para esse fim.
  • Avaliar a qualidade do controle após a aplicação de algum método de controle (químico ou não).

A legislação que regula a preparação e a aplicação de agrotóxicos deve ser rigorosamente obedecida, visando prevenir danos ao ambiente e perigos à saúde.

Na fases de seleção e preparo de agrotóxicos alguns cuidados deverão ser observados:

  • Adquirir e utilizar apenas agrotóxicos registrados, de acordo com a legislação  vigente. Mais informações poderão ser adquiridas no site http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons .
  • Adquirir agrotóxicos mediante receituário agronômico emitido por técnico responsável.
  • Manter registro da movimentação de estoque, do uso e da aplicação de agrotóxicos.
  • Na manipulação dos agrotóxicos, empregar apenas recursos humanos com a capacitação técnica necessária.
  • Não permitir que menores de idade manipulem agrotóxicos.
  • Proceder à manipulação e à aplicação de agrotóxicos em áreas específicas para esta finalidade, ou seja, sem acesso de crianças e de pessoas não vinculadas ao trabalho, bem como de animais domésticos.
  • Não comer, beber ou fumar durante o manuseio dos agrotóxicos.
  • Reutilizar a água de lavagem de embalagens no tanque de calda antes de completar o volume, utilizando o procedimento da tríplice lavagem.
  • Obedecer às recomendações técnicas sobre a manipulação de agrotóxicos, de acordo com a legislação vigente.
  • Ler atentamente o rótulo do produto e seguir todas as orientações sobre o procedimento, os cuidados, a carência e o destino das embalagens.
  • Obedecer rigorosamente às doses recomendadas.
  • Manusear agrotóxicos em local arejado.
  • Não manipular e/ou carregar embalagens danificadas.
  • Distribuir o produto da própria embalagem, sem contato manual e evitando sobras.
  • Evitar derramamentos no equipamento durante o seu abastecimento.
  • Após o término do trabalho, remover as roupas protetoras e tomar banho utilizando água fria e sabão em abundância.
  • Procurar assistência médica imediatamente em qualquer caso de suspeita de intoxicação.
  • Monitorar, periodicamente, a saúde dos trabalhadores envolvidos na manipulação e na aplicação de agrotóxicos.

Os agrotóxicos, além de permanecerem por muitos anos nos ecossistemas, contaminando-os, também trazem uma série de problemas de saúde para os seres humanos, o que exige muitos cuidados em sua manipulação, aplicação e armazenamento.

Cuidados com a aplicação de agrotóxicos:

  • Manter a área tratada livre de crianças, animais domésticos e de pessoas desprotegidas. Efetuar a manutenção e calibrar adequadamente os pulverizadores de acordo com o manual do fabricante e com as recomendações técnicas.
  • Não utilizar equipamentos com vazamentos, descalibrados ou defeituosos, substituindo as peças com defeito.
  • Programar adequadamente a manutenção e o uso dos equipamentos, para que estejam disponíveis no momento adequado para a aplicação.
  • Os aplicadores de agrotóxicos devem estar devidamente treinados e capacitados, gozando de plena saúde física.
  • Tratores utilizados na aplicação de agrotóxicos devem ser preferencialmente dotados de cabine.
  • Obedecer estritamente a todas as recomendações contidas no respectivo receituário agronômico.
  • As aplicações de agrotóxicos devem ser realizadas por pessoas treinadas e protegidas com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), observando todas as regras de proteção do aplicador e do ambiente.
  • Fazer aplicações em horários não muito quentes e com umidade relativa do ar superior a 60%.
  • Não permitir que menores de idade trabalhem na aplicação de agrotóxicos.
  • Evitar a aplicação de agrotóxicos quando houver vento superior a 8 km/h,para reduzir a deriva dos jatos.
  • Não desentupir bicos, orifícios ou válvulas com a boca.
  • Não aplicar agrotóxicos em áreas próximas a cursos ou depósitos de água.
  • Efetuar a lavagem dos equipamentos em local apropriado e protegido, distante de lagos, fontes de água, rios, riachos e lagos.
  • Limpar os equipamentos de aplicação e os EPIs e realizar a higienização pessoal (banho) após a aplicação. 

Em caso de intoxicação com agrotóxicos, deve-se levar a vítima para um local fresco e ventilado e retirar suas roupas; levá-la ao médico portando o rótulo ou a bula do produto; e não ministrar leite à vítima, o que pode aumentar a retenção do agrotóxico no organismo.

Cuidados no armazenamento e destinação de embalagens de agrotóxicos

  • Armazenar os produtos agrotóxicos em local arejado, protegido por fechadura, distante das residências, bem protegido de chuvas, sem o acesso de crianças e de demais pessoas não treinadas para o manuseio adequado dos produtos, observando rigorosamente as normas de segurança e a legislação vigente.
  • Manter os produtos agrotóxicos e as embalagens afastados do fogo, de alimentos ou de ração de animais.
  • Descartar as embalagens vazias depois da tríplice lavagem, de acordo com a determinação legal, sem reutilizá-las para qualquer outro fim.
  • Não descartar restos de agrotóxicos no campo, especialmente próximo a cursos e reservatórios de água, colocando-os em depósito adequado, adicionado de calcário, para sua neutralização.
  • Não lavar embalagens ou equipamentos em fontes de água, rios, riachos e lagos. 

A saúde humana e a qualidade do ambiente podem ser seriamente comprometidas quando embalagens de agrotóxicos não são descartadas de acordo com as recomendações técnicas.