Pragas da Fase Vegetativa e Reprodutiva

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Ivan Cruz - Embrapa Milho e Sorgo

Paulo Afonso Viana - Embrapa Milho e Sorgo

José Magid Waquil

 

Os danos causados pelas pragas nas fases vegetativa e reprodutiva do milho variam de acordo com o estádio fenológico da planta (fase de desenvolvimento da cultura), das condições edafoclimáticas (condições de solo e clima), dos sistemas de cultivo e de fatores bióticos localizados. Nessas fases, a cultura é atacada por várias espécies-praga conforme é mostrado a seguir.

Na fase vegetativa: Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Importância econômica

Esse inseto é considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil. O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até as fases de pendoamento e espigamento. As perdas devido ao ataque da lagarta podem reduzir a produção em até 60%.

Sintomas de danos

No início do ataque, as lagartas raspam as folhas, deixando áreas transparentes. Com o seu desenvolvimento, a lagarta localiza-se no cartucho da planta, destruindo-o (Figuras 1 e 2). O estádio da planta de milho mais sensível ao ataque é o de 8 a 10 folhas. A época ideal de realizar medidas para o controle é quando 10% das plantas estiverem com o sintoma de folhas raspadas.

Figura 1. Folhas raspadas: sintoma característico do dano ocasionado pela lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) em milho

Foto: Ivan Cruz

 

Figura 2. Cartucho da planta de milho destruído pela lagarta de Spodoptera frugiperda

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Para a melhor efetivação dos preceitos do MIP (Manejo Integrado de Pragas), é fundamental a consideração sobre o papel dos agentes de controle biológico natural da praga. Por exemplo: as tesourinhas, joaninhas, crisopídeos e percevejos predadores e os parasitóides de ovos e de lagartas são muito comuns em áreas de MIP. Várias doenças também atacam a lagarta, como os fungos Nomuraea rileyii, Botrytis rileyi, Beauveria globulifera; o virus Baculovirus; as bactérias Bacillus thuringiensis e outros agentes de menor importância, como nematóides e protozoários.

Na impossibilidade de uso dos agentes de controle biológico natural, o uso de produtos químicos deve ser bem planejado. Há um grande número de formulações registradas para o controle da lagarta que podem ser aplicados via pulverização e, em alguns casos, através de água de irrigação (insetigação). A escolha de um ou outro produto deve ser baseada em algumas características fundamentais para o MIP, como a seletividade (baixo impacto sobre os inimigos naturais), custo e toxicidade humana e ambiental.

A ferramenta de monitoramento da praga através de armadilha com feromônio sexual  é uma das estratégias que tem aumentado a eficiência de qualquer método de controle. Plantas geneticamente modificadas (milho Bt) estão sendo disponibilizadas no Brasil e podem se constituir em uma ferramenta adicional ao MIP.

 

Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes)

Importância econômica

Essa praga é de ocorrência esporádica na cultura do milho. Porém, em determinados anos e/ou locais, pode ocorrer em alta densidade, demandando controle imediato para evitar elevada perda no rendimento de grãos.

Sintomas de danos

A lagarta se alimenta das folhas do milho deixando somente a nervura central ( Figura 3). A infestação, geralmente, se inicia em outras gramíneas ao redor da lavoura de milho e, quando ocorre competição por alimento, as lagartas migram para o cereal. Para evitar danos, é necessário realizar vistorias frequentes na fase vegetativa da lavoura, principalmente em áreas vizinhas, especialmente ocupadas por pastagens.

Figura 3. Presença do curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes) e dano na folha de milho

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Em função da presença da praga em alta densidade, o método químico é o mais indicado e eficiente para o controle dessa lagarta. Porém, nem sempre é necessário aplicar o inseticida em toda a área da lavoura, uma vez que a infestação se inicia pelas bordas da cultura. A pulverização localizada sobre a área infestada é eficiente. Mesmo lagartas bem desenvolvidas são muito sensíveis à ação da maioria dos inseticidas recomendados para o controle da lagarta-do-cartucho (Tabela 1). A aplicação do inseticida pode ser realizada tanto por pulverização convencional ou via água de irrigação por aspersão.

Tabela 1. Inseticidas registrados para o controle de insetos-praga na cultura do milho.  

Praga

Ingrediente ativo

Nome comercial

Form.

C.TOX.

Dose (p.c./ha)

Fabricante

Agrotis ipsilon

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 3,0 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

terbufos

Counter 150 G

GR

I

13,0 kg

Basf

 

 

Counter 50 G

GR

I

40,0 kg

Basf

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

cypermethrin

Galgotrin

EC

II

0,06 l

Chemotécnica Sintyal

 

lambdacyhalothrin

Karate Zeon 250 CS

CS

III

0,01 l

Syngenta

 

permethrin

Pounce 384 CE

EC

II

0,01 - 0,013 l

FMC

Astylus variegatus

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg

sem.

Cornitermes snyderi

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

Daubulus maidis

imidaclorprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l

Bayer

 

thiomethoxan

Cruiser

DP

III

0,15 - 0,2 kg/100 kg sem.

Syngenta

Deois flavopicta

carbofuran

Diafuran 50

GR

I

20,0 kg

Hokko

 

carbosulfan

Marshal TS

FS

II

2,4 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho FS

FS

IV

0,6 l/100 kg sem.

Bayer

 

thiamethoxan

Cruiser 700 WS

WS

III

0,15 - 0,20 kg/100 kg sem.

Syngenta

 

thiodicarb

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Diabrotica speciosa

chlorpyrifos

Astro

EW

III

2,6 l

Bayer

 

 

Lorsban 10 G

GR

IV

11,0 kg

Dow AgroSciences

 

 

Sabre

EW

III

2,6 l

Dow AgroSciences

 

fipronil

Regente 800 WG

WG

II

0,1 kg

Aventis

 

imidacloprid

Gaucho

WP

IV

0,7 kg/100 kg sem.

Bayer

 

phorate

Granutox 150 G

GR

II

17 kg

Basf

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Dichelops furcatus

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,35 l/100 kg sem.

Bayer

 

thiamethoxan

Cruiser 700 WS

DP

III

0,3 kg/100 kg sem.

Syngenta

Diloboderus abderus

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Elasmopalpus lignosellus

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,25 l

Aventis

 

carbofuran

Carbofuran Sanachem 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Dow AgroSciences

 

 

Carboran Fersol 350 SC

SC

I

2,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Diafuran 50

GR

I

30 kg

Hokko

 

 

Furandan 350 SC

SC

I

3,0 - 4,0 l

FMC

 

 

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furadan 50 G

GR

III

30,0 kg

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Ralzer 50 GR

GR

I

30,0 kg

Fersol

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,4 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DP

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

furathiocarb

Promet 400 CS

SL

III

1,6 l/100 kg sem.

Syngenta

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Frankliniella williamsi

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l/100 kg sem.

Bayer

Helicoverpa zea

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,90 - 2,25 l

Aventis

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,67 l

Action

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Trichorfon 500 Milena

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

Mocis latipes

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

PD

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,,25 l

Aventis

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

0,6 l

Dow AgroSciences

 

malathion

Malathion 500 CE Sultox

EC

III

2,5 l

Action

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,675 l

Action

 

 

Folisuper 600 BR

EC

I

0,25 - 0,65 l

Agripec

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Triclorfon 500 Milenia

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

Procornitermes triacifer

benfuracarb

Laser 400 SC

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Iharabras

 

 

Oncol Sipcam

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Sipcam

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho FS

FS

IV

0,25 l/100 kg sem.

Bayer

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Rhopalosiphum maidis

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l/100 kg sem.

Bayer

Scaptocoris castanea

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Spodoptera

alpha-cypermethrin

Fastac 100 SC

SC

III

0,05 l

Basf

frugiperda

beta-cyfluthrin

Bulldock 125 SC

SC

II

0,04 l

Bayer

 

 

Full

EC

II

0,1 l

Bayer

 

 

Novapir

EC

II

0,1 l

Cheminova

 

 

Turbo

EC

II

0,1 l

Bayer

 

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol Ltda.

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,25 l

Aventis

 

carbofuran

Carbofuran Sanachem 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Carboran Fersol 350 SC

SC

I

2,0 kg/100 kg sem.

Fersol

 

 

Diafuran 50

GR

I

20,0 - 30,0 kg

Hokko

 

 

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furadan 50 G

GR

III

20,0 - 30,0 kg

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Ralzer 50 GR

GR

I

20,0 - 30,0 kg

Fersol

 

chlorfenapyr

Pirate

SC

III

0,5 - 0,75 l

Basf

 

chlorfluazuron

Atabron 50 CE

EC

I

0,15 - 0,3 l

Ishihara

 

chlorpyrifos

Astro

EW

III

0,3 - 0,5 l

Bayer

 

 

Clorpirifós Fersol 480 CE

EC

II

0,4 - 0,6 l

Fersol

 

 

Clorpirifos Sanachem 480 CE

EC

I

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Klorpan 480 CE

EC

II

0,4 - 0,6 l

Agripec

 

 

Lorsban 480 BR

EC

II

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Nufos 480 CE

EC

III

0,4 - 0,6 l

Cheminova

 

 

Pyrinex 480 CE

EC

II

0,4 l

Agricur

 

 

Sabre

EW

III

0,3 - 0,5 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

cyfluthrin

Baytroid CE

EC

III

0,3 l

Bayer

 

cypermethrin

Arrivo 200 CE

EC

III

0,05 - 0,08 l

FMC

 

 

Cipermetrina Nortox 250 CE

EC

I

0,04 - 0,065 l

Nortox

 

 

Cipertrin

EC

II

0,05 - 0,06 l

Prentiss

 

 

Commanche 200 CE

EC

III

0,05 - 0,06 l

FMC.

 

 

Cyptrin 250 CE

EC

I

0,05 - 0,06 l

Agripec

 

 

Galgotrin

EC

II

0,05 l

Chemotécnica Sintyal

 

 

Ripcord 100

EC

II

0,1 l

Basf

 

deltamethrin

Decis 25 CE

EC

III

0,2 l

Aventis

 

 

Decis 4 UBV

UL

III

1,3 - 2,0 l

Aventis

 

 

Decis 50 SC

SC

IV

0,05 - 0,075 l

Aventis

 

 

Decis Ultra 100 CE

EC

I

0,04 - 0,05 l

Aventis

 

 

Keshet 25 CE

EC

I

0,2 l

Agricur

 

deltamethrin + triazophos

Deltaphos

EC

I

0,25 - 0,35 l

Aventis

 

diflubenzuron

Dimilin

WP

IV

0,1 kg

Uniroyal

 

enxofre

Kumulus DF

WG

IV

1,0 kg

Basf

 

esfenvalerate

Sumidan 25 CE

EC

I

0,6 - 0,8 l

Sumitomo

 

etofenprox

Trebon 300 CE

EC

III

0,07 - 0,1 l

Sipcam

 

fenitrothion

Sumibase 500 CE

EC

II

1,0 - 2,0 l

Sumitomo

 

 

Sumithion 500 CE

EC

II

1,0 - 1,5 l

Sumitomo

 

fenpropathrin

Danimen 300 CE

EC

I

0,1 - 0,12 l

Sumitomo

 

furathiocarb

Promet 400 CS

SL

III

1,6 l/100 kg sem.

Syngenta

 

lambda-cyhalothrin

Karate 50 CE

EC

II

0,15 l

Syngenta

 

 

Karate Zeon 250 CS

CS

III

0,03 l

Syngenta

 

 

Karate Zeon 50 CS

CS

III

0,15 l

Syngenta

 

lufenuron

Match CE

EC

IV

0,3 l

Syngenta

 

malathion

Malathion 500 CE Sultox

EC

III

2,5 l

Action

 

methomyl

Lannate BR

SL

I

0,6 l

Du Pont

 

 

Lannate Express

SL

II

0,6 l

Du Pont

 

 

Methomex 215 LS

SL

II

0,6 l

Agricur

 

methoxyfenozide

Intrepid 240 SC

SC

IV

0,15 - 0,18 l

Dow AgroSciences

 

 

Valient

SC

IV

0,15 - 0,18 l

Bayer

 

monocrotophos

Agrophos 400

SL

I

0,6 - 0,9 l

Agripec

 

novaluron

Gallaxy 100 CE

EC

IV

0,15 l

Agricur

 

 

Rimon 100 CE

EC

IV

0,15 l

Agricur

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,675 l

Action

 

 

Folidol 600

EC

II

0,45 - 0,675 l

Bayer

 

 

Folidol ME

CS

III

0,7 l

Bayer

 

 

Folisuper 600 BR

EC

I

0,25 - 0,65 l

Agripec

 

 

Mentox 600 CE

EC

II

0,65 l

Prentiss

 

 

Paracap 450 MCS

CS

III

0,7 l

Cheminova

 

 

Parathion Metílico Pikapau

DP

I

0,65 l

Químicas São Vicente

 

permethrin

Ambush 500 CE

EC

II

0,05 l

Syngenta

 

 

Corsair 500 CE

EC

II

0,1 l

Aventis.

 

 

Permetrina Fersol 384 CE

EC

I

0,1 - 0,13 l

Fersol

 

 

Piredan

EC

II

0,065 l

Du Pont

 

 

Pounce 384 CE

EC

II

0,065 l

FMC

 

 

Talcord 250 CE

EC

II

0,1 l

Basf

 

 

Valon 384 CE

EC

II

0,065 l

Dow AgroSciences

 

profenofos

Curacron 500

EC

III

0,5 l

Syngenta

 

pyridaphenthion

Ofunack 400 CE

EC

III

0,5 l

Sipcam

 

spinosad

Credence

SC

III

0,037 - 0,1 l

Dow AgroSciences

 

 

Tracer

SC

III

0,037 - 0,1 l

Dow AgroSciences

 

tebufenozide

Mimic 240 SC

SC

IV

0,3 l

Dow AgroSciences

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l /100 kg sem.

Aventis.

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l /100 kg sem.

Aventis.

 

 

Larvin 800 WG

WG

II

0,1 - 0,15 l

Aventis.

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

triazophos

Hostathion 400 BR

EC

I

0,3 - 0,5 l

Aventis.

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Triclorfon 500 Milena

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

 

triflumuron

Alsystin 250 PM

WP

IV

0,1 kg

Bayer

 

 

Alsystin 480 SC

SC

IV

0,05 l

Bayer.

 

 

Brigadier

WP

II

0,1 kg

Bayer

 

 

Certero

SC

IV

0,05 l

Bayer

 

 

Rigel

SC

IV

0,05 l

Cheminova

 

zeta-cypermethrin

Fury 180 EW

EW

II

0,04 l

FMC

 

 

Fury 200 EW

EW

III

0,08 - 0,1 l

FMC

 

 

Fury 400 CE

EC

II

0,05 - 0,08 l

FMC

Syntermes molestus

benfuracarb

Laser 400 SC

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Iharabras

 

 

Oncol Sipcam

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Sipcam

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho

WS

IV

1 kg/100 kg sem.

Bayer

 

 

Gaucho FS

FS

IV

0,4 l/100 l água

Bayer

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Fonte: MAPA Agrofit

 

Broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis)

Importância econômica

Essa praga vem se firmando como um problema sério para a cultura do milho no Brasil Central. Em altas infestações, o ataque desse inseto pode causar perdas de até 21% na produção.

Sintomas de danos

A broca da cana-de-açúcar tem causado danos diretos e indiretos, afetando o enchimento dos grãos, bem como provocando o quebramento do colmo devido à infecção por micro-organismos e ao próprio dano causado pela broca na haste da planta (Figura 4). Quando o ataque é intenso, a planta pode secar precocemente e se tornar improdutiva.

Figura 4. Danos da broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) em milho

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Na cultura da cana-de-açúcar, o controle desse inseto tem sido realizado com sucesso através de inimigos naturais. Os principais parasitóides são o Metagonistylum minense e o Trichogramma spp. Para regiões onde o milho é plantado na safra e na safrinha, e onde várias outras culturas hospedeiras da broca são cultivadas durante quase todo o ano, aumenta a importância desse método de controle. Não existem inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o controle dessa praga atacando o milho. Experimentalmente, os inseticidas lufenuron (15 g i.a./ha) e acephate (750 g i.a./ha) aplicados antes de a broca penetrar no colmo, possibilitam um controle eficiente da praga. A eliminação de restos culturais de plantas hospedeiras também ajuda a reduzir a infestação na próxima safra.

 

 

Figura 5. Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

Foto: Ivan Cruz

 

Importância econômica

Essa cigarrinha é o vetor das doenças denominadas enfezamentos pálido e vermelho. O inseto também é vetor do vírus do raiado fino. As perdas na lavoura de milho variam de 9% a 90%, dependendo da susceptibilidade das cultivares utilizadas, do patógeno envolvido e das condições ambientais. Esse inseto tem trazido sérios prejuízos para a cultura do milho no Brasil Central.

Sintomas de danos

Os sintomas das plantas infectadas aparecem de 4 a 7 semanas após a alimentação do inseto. Os danos diretos causados pela cigarrinha decorrem da sucção de seiva, ocasionando mudança na coloração da folha (avermelhada ou amarelada), murcha e morte das plantas. Os danos são mais acentuados em plantios de verão realizados tardiamente e em cultivos de safrinha.

Métodos de controle

O principal método de controle para essa praga tem sido o emprego de cultivares resistentes. Tem-se observado diferenças significativas entre os híbridos comerciais disponíveis no mercado quanto à susceptibilidade às doenças transmitidas pela cigarrinha. Medidas culturais, como a eliminação das plantas voluntárias, o plantio mais precoce e a ausência de plantios sucessivos e contínuos, reduzem a população da praga. O controle químico pode ser realizado com inseticidas (Tabela 1) aplicados no sulco de plantio ou através do tratamento de sementes.

 

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

Importância econômica

Esse inseto é uma praga secundária do milho e somente causa prejuízos em alta infestação.

Sintomas de danos

A praga vive em colônias (Figura 6) e elimina dejeções líquidas, onde se desenvolve um fungo negro (fumagina). O inseto se alimenta nos tecidos jovem e vive em colônias situadas no interior do cartucho, no pendão e nas gemas das plantas. O inseto suga a seiva das plantas e transmite viroses, principalmente o mosaico. A infestação do pulgão no estádio de pré-florescimento prejudica a formação de grãos, originando espigas pequenas que, quando torcidas manualmente, apresentam o aspecto de grãos frouxos.

Figura 6. Colônia do pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Vários inimigos naturais parasitam ou são predadores do pulgão do milho, mantendo sua população sob controle. Fatores climáticos, como vento e chuvas frequentes, são desfavoráveis ao inseto. O controle químico somente é justificável em altas populações, principalmente quando coincide com o pré-florescimento, podendo, nesse caso, acarretar perdas econômicas na lavoura devido ao ataque da praga (Tabela 1).

 

Na fase reprodutiva - Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Importância econômica

O inseto é considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil. O ataque na planta ocorre desde a sua emergência até as fases de pendoamento e espigamento. As perdas devido à infestação da lagarta na espiga podem ser altas, especialmente quando o ataque é na inserção com a planta, pois pode haver queda da espiga ou até mesmo falta de enchimento dos grãos. Muitas vezes, a falta de controle ou o controle inadequado do inseto na fase vegetativa (fase de cartucho), faz com que se tenha a presença na espiga de lagartas bem desenvolvidas com grande capacidade de destruição.

Sintomas de danos

Na espiga, a lagarta pode atacar os estilo-estigmas (cabelo do milho), os grãos em formação, a ponta ou outras partes, como a porção mediana ou basal. Orifícios na palha são bons indicativos da presença da praga. Espigas caídas e/ou danos no ponto de inserção da espiga com o colmo também são sintomas do ataque da lagarta (Figuras 7 e 8).

Figura 7. Dano da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) na inserção da espiga na planta

Foto: Ivan Cruz

 
Figura 8. Dano da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) na base da espiga Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

O controle da praga na fase em que ela ataca a espiga é muito difícil com métodos convencionais em função da dificuldade de penetração do inseticida químico (Tabela 1) no local onde se encontra a praga, mesmo quando ela está exposta nos estilos-estigma. O controle se torna praticamente impossível quando a praga se encontra protegida pela palha. O controle biológico, especialmente com os predadores Doru luteipes e Orius spp., tem sido importante na manutenção dessa praga em baixos níveis populacionais na espiga de milho.

 

Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)

Importância econômica

Tipicamente, o inseto coloca seus ovos nos estilos-estigmas (Figura 8), local onde as lagartas recém-nascidas iniciam os seus danos, podendo ocasionar falhas na produção de grãos. À medida que a larva se desenvolve, ela se dirige para a ponta da espiga para alimentar-se dos grãos em formação. Os prejuízos estimados por essa praga são de cerca de 8% nos rendimentos.

Figura 9. Ovo da "lagarta-da-espiga" (Helicoverpa zea) no cabelo do milho

Foto: Ivan Cruz

 

Sintomas de danos

Estilo-estigmas danificados e grãos na ponta da espiga danificados (Figura 10) podem representar os sintomas de ataque da praga. Deve-se considerar também que a lagarta-do-cartucho pode estar presente na espiga e ocasionar sintomas de dano semelhante.

Figura 10. Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Pela localização da praga, o controle convencional com pulverização tem baixa eficiência (Tabela 1). Um controle efetivo pode ser conseguido através da liberação de vespas do gênero Trichogramma, comercialmente disponíveis no mercado brasileiro. De maneira geral, onde ainda existe o equilíbrio biológico, o controle natural através de Trichogramma ou da tesourinha Doru luteipes ou de espécies de Orius tem sido suficiente para manter a praga em nível populacional insuficiente para causar danos econômicos.