Milho Safrinha

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

José Carlos Cruz - In memoriam

Israel Alexandre Pereira Filho - Embrapa Milho e Sorgo

Aildson Pereira Duarte

 

O milho safrinha é definido como o milho de sequeiro cultivado extemporaneamente, de janeiro a abril, quase sempre depois da soja precoce, na região Centro-Sul brasileira, envolvendo basicamente os estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais. Há cerca de 25 anos, a safrinha praticamente não existia. Esse sistema de plantio extemporâneo, sem irrigação, teve seu inicio por volta de 1978/79.  O milho safrinha era semeado principalmente após a colheita da soja precoce (situação que prevalece até a atualidade), após a colheita do feijão “das águas” e mesmo plantado nas entrelinhas da própria cultura do milho da safra normal, depois que este atingia a maturação fisiológica, quando então o milho era “dobrado” (uma prática utilizada no passado). 

O grande incremento da safrinha, verificado no início dos anos 80 no Paraná, foi atribuído principalmente à necessidade de milho para uso na propriedade, especialmente por suinocultores e avicultores, às frustrações com as culturas do trigo e girassol, únicas opções economicamente viáveis para semeadura no período outono/inverno na ocasião, e à perspectiva de colheita e comercialização do produto em época afastada de sua maior oferta. É lógico que o sucesso dos pioneiros da safrinha foi responsável pelo aparecimento de muitos seguidores, particularmente os interessados na comercialização do produto.

A partir das experiências pioneiras, esse sistema de plantio, inicialmente considerado marginal, feito fora da época normal e em condições climáticas desfavoráveis, cresceu tanto e estendeu-se a outras regiões que se tornou componente fundamental das cadeias produtivas que têm na produção e no consumo do milho um item importante. Na safra 2008/09, o Brasil produziu 50.268.000 t de grãos,  sendo que a safrinha representou 32,11% da área plantada e 31,82% da produção. Na região Centro-Oeste, a safrinha representou em 2009 77,60% da área plantada e 69,87% da produção colhida, sendo que o estado do Mato Grosso, segundo maior produtor de milho no Brasil, 92,71% do milho colhido vem da safrinha. Em 2009, o rendimento da safrinha (4.489 kg/ha) foi maior do que o rendimento na safra (4.042 kg/ha). Sucesso tão extraordinário tem sido possibilitado, entre outros fatores, pelo aporte de conhecimento e tecnologias providos pelas entidades brasileiras de pesquisa agrícola.

Atividade arriscada do ponto de vista agronômico e, em principio, aparentemente fadada  a permanecer marginal ou mesmo extinguir-se, foi denominada “safrinha”. Do ponto de vista do produtor, o risco era compensado pelas melhores condições de comercialização após o auge da oferta da safra normal. Por outro lado, esse risco era mitigado pela limitação de desembolsos, decorrente da baixa utilização de insumos adquiridos fora da propriedade. No inicio da safrinha, por se tratar de uma exploração de maior risco e incertezas, o produtor resumia sua atividade praticamente à semeadura e à colheita, muitas vezes utilizando como sementes grãos provenientes da segunda geração dos híbridos colhidos na safra normal. Além disso, aproveitava a adubação residual da cultura anterior e dispensava os demais tratos culturais, exceto eventual controle mecânico das plantas daninhas.  

Safrinha era sinônimo de risco e de baixa tecnologia. Era comum a comercialização de sobras de sementes do verão, independente de sua adaptação à "safrinha", que eram comercializadas pelas empresas por preços que dependiam da quantidade disponível de sementes. Por tratar-se de sobras e para viabilizar as vendas, era comum a comercialização de sementes para o plantio na safrinha por preços bem menores do que os praticados na safra de verão. Nessas condições, o milho era produzido a  um custo muito reduzido e, por ser comercializado em época mais favorável, proporcionava retorno econômico e satisfatório. Apresentava a vantagem adicional de manter o solo coberto durante o inverno e fornecia a palha essencial para a implantação adequada do Sistema de Plantio Direto, cuja adoção era crescente no Paraná. Assim, novos produtores foram aderindo ao cultivo da safrinha.

Somente a partir de 1984, a antiga Comissão de Financiamento da Produção, hoje sucedida pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), passou a registrar o milho safrinha em seus relatórios mensais de acompanhamento de safra. No ano citado, estimou-se que a produção de milho safrinha do Paraná contribuiu com 381.500 t para a produção brasileira de cerca de 21,2 milhões de toneladas, representando, portanto, apenas 1,8% do total. Em 1990, as estimativas passaram a também computar uma pequena produção paulista. Os dois Estados colheram 450 mil toneladas em 256 mil hectares, com produtividade de 1.758 kg/há. Daí, a expansão ocorreu na direção do Mato Grasso do Sul, Goiás e Mato Grosso. Apenas 18 anos depois, em 2008, segundo a Conab, a safrinha alcançou 18,1 milhões de toneladas, quase 20% a mais que toda  a produção anual brasileira no biênio 1978-79. No período, o crescimento da colheita do milho safrinha foi superior a 3.900%, com a taxa geométrica anual situando-se na impressionante marca de 22,7%.

Essa produção regional tem acompanhado o expressivo desenvolvimento da suinocultura e da avicultura no Centro-Oeste, onde se beneficia da disponibilidade de milho a preço mais favorável do que em outras regiões do Brasil, sobretudo na entressafra. Essas atividades, consolidadas e em evolução constante no Sul, ganham agora nova dimensão no país e reforçam ainda mais a pauta do comércio exterior brasileiro. Por outro lado, as melhorias na infra-estrutura de transporte na região Centro-Oeste têm facilitado o escoamento da produção do cereal, inclusive de parcelas destinadas à exportação. Na última década, o diminutivo perdeu a razão de ser. A vigorosa colheita do milho safrinha passou a ser denominada 2ª safra. 

Os acompanhamentos de safra realizados pela Conab separam o milho de 1ª e 2ª safras, sendo que o milho de 2ª safra engloba o milho safrinha (que é produzido na região Centro-Sul) e o milho produzido geralmente em alguns estados das regiões Norte e Nordeste. Nas regiões aptas a esse cultivo, o planejamento da safrinha de milho deve ser iniciado já no planejamento da cultura anterior, quando deve-se prever a colheita da cultura antecessora do milho de modo a propiciar seu plantio na época de maior probabilidade de sucesso, considerando as necessidades hídricas e térmicas das plantas.

Aliado a isso, a escolha correta das cultivares a serem plantadas, principalmente considerando ciclo e adaptação a esse período de cultivo, é também fundamental para garantir o sucesso do empreendimento. Todas as demais definições quanto ao manejo da lavoura e nível de investimento a ser adotado estão atrelados a essas decisões anteriores. Vale realçar também que é importante um acompanhamento sistemático das previsões climáticas para o período de cultivo, o que irá auxiliar nas tomadas de decisão.

Escolha da semente

É vultuoso o investimento do setor privado no desenvolvimento de novas cultivares. Na safra 2009/10, existem em oferta no mercado cerca de 325 cultivares convencionais e 104 transgênicas de milho. Destas, 286 cultivares (transgênicas e convencionais) são também recomendadas para o plantio na safrinha. Para se ter uma ideia da evolução do nível tecnológico da safrinha e do nível de investimento de produtores, técnicos, pesquisadores e da indústria de insumos sobre esse sistema, dados da Abrasem (Associação Brasileira dos Produtores de Sementes), mostram que cerca de 56% das sementes plantadas na safrinha são de híbridos simples que exigem melhores condições para expressarem maior potencial produtivo. Tal situação é difícil de ser explicada considerando o menor potencial produtivo do milho safrinha e o maior risco de frustração de safra.

Basicamente, não há diferença entre a cultivar de milho para a safra normal e para a safrinha, ou seja, não há uma característica específica que diferencia as plantas do milho safrinha. Entretanto, dependendo da época de plantio dentro do período recomendado para a safrinha, o ciclo é uma característica importante a ser considerada na escolha das cultivares. Aliadas ao ciclo, características fundamentais a serem também consideradas são: estabilidade produtiva, resistência às principais doenças prevalecentes na região, elevada tolerância ao acamamento e ao quebramento de plantas, bom empalhamento, sincronismo entre o florescimento masculino e o feminino e baixo índice de grãos ardidos.

Obviamente que todos esses fatores devem estar atrelados ao potencial produtivo que as cultivares venham apresentando, o que caracteriza a adaptação a esse período de plantio. Observa-se geralmente um  prolongamento do ciclo das plantas até a colheita em relação ao milho verão, que pode chegar a um mês, devido à menor disponibilidade de calor nos estados de São Paulo e Paraná. Praticamente, todas as cultivares de milho safrinha também são cultivadas em condições de verão. Mas, apenas parte das cultivares presentes do mercado é adaptada às condições ambientais de outono-inverno, sem irrigação. Até a década de 1980, milho safrinha era sinônimo de ciclo superprecoce até o florescimento das plantas visando ao escape das condições adversas de clima com a proximidade do inverno. Porém, com o aprimoramento do sistema de produção da sucessão de culturas como um todo, tem sido possível antecipar a colheita da soja e a semeadura do milho safrinha, maximizando o aproveitamento do seu potencial produtivo. Acrescenta-se que os avanços contínuos do melhoramento genético viabilizaram o lançamento de novos híbridos mais tolerantes aos estresses – deficiência de água e baixas temperaturas - e diferentes quanto à duração do subperíodo florescimento-maturidade fisiológica. Nos últimos anos, os resultados experimentais vêm evidenciando que, na média, as cultivares de ciclo precoce e normal apresentam superioridade em termos de potencial produtivo quando comparadas com as cultivares superprecoces. Apesar disso, em regiões com elevado risco de geadas no final do ciclo das plantas, é justificada a indicação de cultivares de ciclo superprecoce como alternativa mais segura para reduzir perdas, no caso de se ter alta probabilidade de ocorrer geadas no período de enchimento de grãos. Ademais, esse tipo de material entra como opção para compor o conjunto de híbridos na propriedade, visando tirar proveito do escalonamento das épocas de semeadura e diluir os riscos.

Outra característica importante para a recomendação de cultivares na safrinha é a resistência às doenças de ocorrência regional. O problema doenças tem agravado e os ganhos de produtividade e econômicos com a proteção do potencial produtivo pelos fungicidas nem sempre são compensadores no milho safrinha, especialmente quando as semeaduras são realizadas fora da época recomendada. Geralmente, cultivares de ciclos mais tardios são mais adaptadas para os primeiros plantios do período da safrinha, isto porque os meses de janeiro, fevereiro e até março são caracterizados por apresentarem ainda elevadas temperaturas, o que acelera o acúmulo das unidades de calor pelas plantas durante o desenvolvimento vegetativo. Assim, cultivares de ciclos caracterizados como superprecoces, atingem o período de florescimento muito rapidamente, o que reduz a expressão de seu potencial produtivo.

Manejo cultural

Além do desenvolvimento  de cultivares, os programas de pesquisa dos setores público e privado apoiam a produção da segunda safra com recomendações de manejo das lavouras, na definição de riscos em função de épocas de plantio, o que permite indicar as regiões adequadas e estabelecer a cobertura do seguro agrícola em avaliações comparativas de rendimento de diferentes materiais em cada região, no estabelecimento das melhores épocas de plantio ou até quando se poderia plantar o milho safrinha. Estes programas também possuem atuação no monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas e no ajuste de adubação e da densidade de plantio do milho, levando em consideração a grande probabilidade de ocorrência de déficit hídrico. Os resultados obtidos permitiram recomendar cultivares mais aptas, indicar épocas limites para o plantio e definir a densidade mais adequada para os melhores materiais disponíveis.

Ao mesmo tempo, os próprios produtores agrícolas realizavam ajustes nos sistemas de produção, adaptando-os às condições prevalecentes nas microrregiões em que atuam.

Época de semeadura

A época de semeadura é influenciada principalmente pela latitude e altitude da região, bem como pelo tipo de solo e o ciclo da cultivar. A semeadura pode começar em janeiro, com exceção de algumas regiões, cuja operação deve ser realizada em fevereiro em decorrência de temperaturas muito elevadas no primeiro mês do ano e/ou de veranicos frequentes nos meses de abril e/ou maio. Quanto mais ao sul do Brasil, maior o risco de perdas por geadas a partir do final de maio, principalmente nas regiões de maior altitude, em que o milho safrinha deve ser semeado primeiro (até janeiro ou até a primeira quinzena de fevereiro).

Obviamente que dentro da mesma microrregião, o efeito das geadas pode ser mais intenso nas baixadas e/ou nas proximidades de córregos devido ao acúmulo de ar frio, exceto em áreas adjacentes às represas porque a água fornece calor para o ar ambiente. Nas regiões acima da latitude 22, o fator mais crítico é a disponibilidade de água no solo nos estádios finais de desenvolvimento devido ao inverno seco, sendo o efeito da altitude inverso ao relatado anteriormente: quanto mais alto, mais amenas as temperaturas e, consequentemente, menores as perdas de água por evapotranspiração, permitindo semeaduras um pouco mais tardias (geralmente até fevereiro). As semeaduras mais tardias de milho safrinha são realizadas na faixa de transição climática do mesotérmico úmido para seco, que abrange as regiões norte do Paraná, sudoeste do estado de São Paulo (Médio Paranapanema) e parte do Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, as semeaduras podem se estender até o segundo decêndio de março (riscos intermediários de geada e seca).

A época de semeadura é menos flexível nos solos arenosos em comparação aos argilosos, devido à menor capacidade de água disponível. Acrescenta-se que os solos argilosos geralmente têm melhor fertilidade natural, permitindo o desenvolvimento mais vigoroso das raízes em profundidade e da parte aérea das plantas e, consequentemente, uma melhor tolerância aos estresses hídricos. Em regiões com elevada frequência de geadas ou seca pronunciada no inverno, a época limite de semeadura das cultivares superprecoces é mais flexível em relação às precoces. Ressalta-se que é frequente a semeadura tardia do milho safrinha em relação ao recomendado regionalmente devido à dificuldade de implantar toda a soja (falta de chuva e/ou estrutura operacional) para ser colhida a tempo de semear o milho safrinha antecipadamente.

À  semelhança do que ocorre com a safra normal, os agricultores já dispõem do  Zoneamento Agrícola de Risco Climático, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece, para cada município, as épocas de plantio de menor risco de frustração de safra. Apesar de o zoneamento ter determinado este período, ocorrem plantios antes do início liberado e após o limite máximo estabelecido em praticamente todas as regiões aptas ao cultivo do milho safrinha, principalmente em função dos sistemas de produção regionais. Mesmo não ocorrendo geadas, baixas temperaturas ocasionam prejuízos à cultura. Quando a temperatura noturna cai abaixo de 5ºC, a planta necessita de 48 horas para recuperar o nível original da taxa de fixação de CO2, ocasionando decréscimo na produção de carboidratos que formarão o amido dos grãos. O acúmulo de reservas no colmo que resulta de alta atividade de fotossíntese por ocasião do florescimento, pode ser restringido pela baixa radiação e temperatura que ocorrem nessa fase do milho safrinha e, assim, limitar o enchimento dos grãos.

Pesquisas comparando híbridos semeados em outubro e em janeiro mostraram que os híbridos semeados na primeira época apresentavam, no período de enchimento de grãos, ao redor de 32% a 36% de sólidos solúveis no colmo, enquanto, na segunda época, esses valores caíam para 20% a 26%, o que pode resultar em maior acamamento e quebramento. Também a retranslocação das reservas na planta é importante, pois ela é máxima a 30ºC, caindo progressivamente com a diminuição da temperatura. Além disso, o movimento de carboidratos é mais de 50% reduzido quando a temperatura baixava de 26ºC para 6ºC. Todos esses aspectos que são decorrentes principalmente dos baixos níveis de radiação solar e temperatura na parte final do ciclo do milho safrinha, associados a problemas de doenças mais comuns nos plantios tardios, resultam muitas vezes em grãos de pior qualidade e com maiores dificuldades na secagem e processamento. Obviamente, esses problemas se agravam com o atraso na época de plantio.

De uma forma geral, os problemas relacionados às baixas temperaturas e à radiação solar são mais graves no Paraná, São Paulo e parte do Mato Grosso do Sul e menores ou muitas vezes inexistentes em Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.

Manejo do solo

Em áreas onde as explorações agrícolas são mais intensivas, como em agricultura irrigada e em sucessões de culturas, a exemplo da safrinha de milho, em que o solo é mais intensamente trabalhado, a probabilidade de acelerar sua degradação, aumentando os problemas de compactação, erosão e redução de sua produtividade é bem maior. Nessas situações, as decisões sobre o manejo do solo são mais complexas e devem levar em consideração as culturas envolvidas, as épocas de plantio, as condições do solo e do clima, visando à obtenção de maiores rendimentos, sem comprometer a produtividade da área a médio e longo prazos. A implantação do milho safrinha no final do período chuvoso deixa o agricultor na expectativa de ocorrência de déficit hídrico a partir desse período. Assim, toda estratégia de manejo do solo deve levar em consideração propiciar maior quantidade de água disponível para as plantas.

De um lado, o sistema de plantio direto oferece maior rapidez nas operações, principalmente no plantio realizado simultaneamente à colheita da safra de verão, permitindo o plantio o mais cedo possível e com maior disponibilidade de água para o milho safrinha, resultado do efeito da cobertura adequada da superfície do solo, que possibilita o aumento da infiltração da água e a redução da evaporação. Por outro lado, o milho safrinha, além da produção de grãos, irá produzir a palhada necessária para a maior efetividade do sistema de plantio direto, dando-lhe maior sustentabilidade. Embora exista uma grande diversidade de preparo de áreas para o cultivo do milho na segunda safra, predomina o emprego do Plantio Direto Permanente (PDP) ou Temporário (PDT), visando antecipar a implantação do milho safrinha. A Tabela 1 mostra o efeito positivo da utilização de sistema de plantio direto tanto na safra (soja) quanto na safrinha (milho).

Tabela 1. Rendimento de grãos da soja e do milho safrinha em latossolo roxo, em Tarumã, SP, no ano agrícola 1995/96, após dez anos de implantação de sistemas de manejo do solo.

Manejo do solo

Rendimento de grãos

 

Safra de soja

Safrinha de milho

 

kg ha -1

%

Kg ha -1

%

Grade aradora / Grade aradora

2.579

78

4.678

77

Esc. mais niveladora /G. niveladora

3.130

94

5.404

89

Esc. + G. niveladora / semeadura na palha

3.144

95

5.682

94

Sistema de Plantio Direto

3.310

100

6.046

100

Fonte: De Maria et al. (1999)