Uma das principais atividades estudadas do extrato de morangos é a sua capacidade antioxidante. Vários estudos in vitro, utilizando diferentes metodologias reportam que o extrato de morango está entre os extratos com maior atividade antioxidante.
Extratos de morango, dentre outras frutas, têm a capacidade de inibir proliferação de células de câncer de fígado (HepG2), e este efeito depende da dose e da cultivar utilizada.

No entanto, fatores como estádio de maturação e temperatura de armazenamento dos morangos não afetam a atividade dos extratos. Apesar de muitos autores tentarem correlacionar a atividade antiproliferativa dos extratos de morango com a atividade antioxidante ou com o teor de compostos fenólicos totais, muitas vezes não existe esta correlação.

Outros estudos demonstram a atividade antiproliferativa de extratos de morango em linhagens cancerígenas como a HT29 (câncer de cólon) e MCF-7 (câncer de mama), sendo que, morangos produzidos organicamente apresentam esta atividade mais acentuada, provavelmente por biossintetizarem mais compostos secundários com atividade anticarcinogênica do que os morangos produzidos convencionalmente.

O morango se mostrou mais eficiente em proteger contra déficit espacial do que o mirtilo, já que animais tratados com extratos desta fruta conseguiram reter melhor as informações referentes à localização.

Extratos de diferentes cultivares de morango demonstraram habilidades variadas de ligação com enzimas relacionadas a diabetes tipo 2, mostrando que esta fruta tem potencial para ser utilizada na dieta de portadores desta doença, assim como em hipertensos.

Considerando o que foi exposto pode-se observar que o estudo do morango tem se intensificado muito nos últimos anos, principalmente em relação à composição química, benefícios à saúde e formas de manter a qualidade dos produtos processados a partir desta fruta.

O consumo do morango, em conjunto com um estilo de vida saudável, incluindo dieta equilibrada e exercícios físicos, pode prevenir alguns tipos de doenças crônicas não-transmissíveis, provavelmente, pela presença de alguns fitoquímicos como as antocianinas e o ácido elágico.

O morango apresenta um grande potencial de produção, e seu consumo, certamente, deve ser incentivado. No entanto, as pesquisas ainda precisam avançar muito até se chegar a resultados conclusivos sobre as propriedades funcionais, o melhor manejo da cultura para que atinja biossíntese máxima de fitoquímicos e a otimização das tecnologias utilizadas no processamento da fruta para que estes compostos sejam mantidos no produto final.