Ácaro-rajado

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Marcos Botton - Embrapa Uva e Vinho

Dori Edson Nava - Embrapa Clima Temperado

 

Tetranychus urticae (Koch, 1836) (Tetranychidae)

Descrição e biologia. O ácaro-rajado é uma das principais pragas do morangueiro nos principais centros de produção do Brasil. Os adultos medem aproximadamente 1 mm de comprimento e 0,6 mm de largura. As fases ativas do ácaro-rajado apresentam-se de coloração que varia de verde-amarelada a verde-escura, possuindo duas manchas escuras no dorso.

As fêmeas são maiores e possuem o abdome com formato ovalado, enquanto que nos machos, a extremidade posterior do abdome é mais estreita. Vivem na parte inferior das folhas em grande número e tecem teias para sua proteção. Os ovos são esféricos e amarelados e são colocados entre os fios de teia.

O ciclo biológico vária de 5 a 21 dias, dependendo da temperatura. As melhores condições para o desenvolvimento do ácaro-rajado situam-se ao redor de 25ºC com ausência de precipitação, fato comum em cultivos protegidos sob estrutura plástica. No Rio Grande do Sul, as maiores populações são encontradas nos meses de novembro e dezembro.

Danos, monitoramento e controle. O ataque do ácaro-rajado nas folhas provoca  manchas amareladas na parte superior que, com o passar do tempo, se tornam necrosadas. Com o ataque no tecido foliar, há uma redução na taxa de fotossíntese, refletindo em uma perda acentuada na produção e na qualidade dos frutos.

O monitoramento é realizado por meio da contagem do número de ácaros de uma amostra de 20 folhas coletadas ao acaso de uma parcela (área de mesma cultivar e data de plantio). Quando forem encontrados mais de cinco ácaros por folhas em 20% das folhas amostradas, deve-se realizar o controle.

O controle do ácaro-rajado é realizado com a aplicação de acaricidas ou através da  liberação do ácaro predador  Neuseiulus californicus, o qual é produzido comercialmente no Brasil.