Broca-dos-frutos

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Marcos Botton - Embrapa Uva e Vinho

Dori Edson Nava - Embrapa Clima Temperado

 

Lobiopa insularis (Castelnau, 1840) (Coleoptera: Nitidulidae)

Descrição e biologia. São besouros que medem cerca de 5 mm de comprimento. Possuem o corpo alongado, ovalado e achatado, de coloração marrom-clara, com manchas escuras e amareladas no dorso. As larvas são brancas, alongadas, com três pares de pernas, possuindo grande quantidade de pelos pelo corpo e cabeça de cor preta.

Após o acasalamento, as fêmeas alimentam-se de morangos maduros, realizando a postura nos mesmos. As larvas eclodem e também se alimentam dos frutos em decomposição. Normalmente, os frutos próximos do solo são os mais atacados. O ciclo biológico (ovo-adulto) é cerca de 20 dias a 25 ºC, e o inseto pode dar até quatro gerações anuais.

Danos, monitoramento e controle. Os adultos e as larvas danificam os  frutos próximos à colheita. O ataque favorece a entrada de microrganismos, o que contribui para um menor período de armazenamento. Os besouros são atraídos para a lavoura de morango pelo odor dos frutos maduros ou em decomposição.

O monitoramento é realizado observando-se a presença de adultos ou larvas em 100 frutos por parcela, o controle é recomendado quando 2% dos frutos estiverem atacados.
O controle deve ser realizado eliminando-se, durante a colheita, os frutos descartados e os em processo de decomposição presentes na lavoura.

A aplicação de inseticidas na forma de cobertura não controla satisfatoriamente a broca-dos-frutos além de ser grande o risco de deixar resíduos tóxicos nos frutos. O controle pode ser feito como  emprego de iscas tóxicas colocadas no interior de armadilhas  de solo.

Como atrativo alimentar têm sido recomendadas duas opções:

a) atrativo à base de morango -  300 g de morangos amassados e triturados + 1 L de água e,

b) atrativo à base de frutas - 2 maçãs, 10 pêssegos, 1 cacho de uva + 1 L de água + 0,5 Kg de açúcar cristal + 1,5 L de cerveja.

A utilização do malatol em iscas tem sido eficiente. Colocar uma camada de 1 cm de isca por recipiente que deve ser disposto entre as fileiras das plantas, no meio do canteiro, protegido do sol e da chuva a cada três metros de distância um do outro. Recomenda-se, também, semanalmente adicionar uma mistura de água, açúcar e inseticida para manter a isca úmida.