Fenômenos climáticos

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autor

Flavio Gilberto Herter - Consultor autônomo

 

Observadas as medidas preventivas, é possível, dentro de certos limites, atenuarem-se as condições ambientais desfavoráveis através de ações como: utilização da irrigação durante as secas eventuais; drenagem dos pontos úmidos; quebra da dormência, ocasionada por insuficiência de frio hibernal, com a aplicação de produtos químicos; proteção contra ventos predominantes com cortinas vegetais; defesa contra as geadas, evitando-se a concentração do frio em alguns pontos, e utilização de foguetes para se controlarem danos causados pelo granizo, pela ação do iodeto de prata como nucleador de nuvens.

A maioria dos métodos de defesa contra as geadas consiste em se reduzir a concentração do frio na área a ser protegida. Existem vários métodos que vêm sendo empregados, como nebulização, aquecimento, ventilação da atmosfera e irrigação por aspersão das plantas, entre outros. A nebulização artificial da atmosfera é a prática mais experimentada no País, por ser a mais econômica e viável para terrenos acidentados.

Baseia-se no princípio de se interpor uma camada de neblina, capaz de absorver ou dispersar a radiação, barrando a queda da temperatura. É usada, principalmente, contra geadas de radiação, quando a atmosfera mantém-se absolutamente calma e límpida, possibilitando o acamamento do ar frio sobre os terrenos mais baixos.

A neblina pode ser gerada por aparelhos nebulizadores (Solo, Swingfog e Dyna Fog) ou por um gerador Modelo IAC-7, adaptado ao escape de motores a explosão, e pela queima de misturas geradoras de neblina, como a serragem salitrada.
As geadas negras ou de vento têm características diferentes, uma vez que não provocam formação de gelo nas partes externas da planta e podem causar o congelamento dos tecidos internos, sendo de difícil controle.

Um outro fenômeno já mencionado neste capítulo, que causa grandes prejuízos às plantas de pessegueiro na fase vegetativa, são os ventos fortes. Em nível fisiológico, o efeito de ventos é indireto, pois induz o fechamento dos estômatos, reduzindo a atividade fotossintética e o crescimento, além de poder causar estresse hídrico pelo aumento da demanda evaporativa.

Quanto a problemas de estresses hídricos, que serão tratados em capítulo posterior, na escolha do local, deve ser considerada a possibilidade do uso da irrigação de forma econômica.