Implantação do pomar

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

Autores

Flávio Luiz Carpena Carvalho - Consultor autônomo

José Francisco Martins Pereira - Consultor autônomo

 

A adoção de determinado sistema de plantio será sempre dependente da topografia, do tipo de solo e do regime pluviométrico. Em locais planos, com solo bem estruturado, com boa drenagem, poderá ser escolhido um dos três sistemas clássicos de plantio: quadrado, retângulo ou quincôncio.

Em áreas com topografia levemente ondulada, com até 12% de declividade, é recomendável o plantio em camalhões, dispostos em curvas, com declividade variando de 0,6% a 0,8%.Os camalhões são construídos com arado, de preferência, de discos. Bons resultados têm sido obtidos com quatro passadas de arado (de três discos ou três aivecas), duas passadas tombando-se as leivas em aclive e duas em declive, seguidas de uma gradagem.

Quando o solo é trabalhado em condições ideais, isto é, em estado friável, a operação de gradagem é suficiente para se desmancharem os torrões formados durante a lavração. Deve-se evitar a utilização da enxada rotativa, para que não haja uma pulverização do solo, com prejuízo de sua estrutura física.

A faixa de terra entre duas curvas somente deve ser lavrada caso seja necessário, após o plantio das frutíferas. Em áreas com declividade superior a 12%, é conveniente que sejam adotados outros sistemas de conservação do solo. Em relação à densidade de plantio, para o Estado do Rio Grande do Sul, de maneira geral, recomenda-se um espaçamento de 3 a 4m entre as plantas e de 6 a 7m entre as linhas.

Menores espaçamentos entre plantas podem ser adotados, mas, para um melhor resultado, é exigido maior nível tecnológico e práticas culturais adequadas ao sistema. Na escolha do local do pomar, sempre que possível, recomenda-se evitar aqueles sujeitos a encharcamento, um dos fatores envolvidos na morte precoce dos pessegueiros.