Existem muitas áreas de agricultura abandonadas no “Domínio da Mata Atlântica”. Tal abandono é consequência da remoção da cobertura primária e do uso inadequado do solo com a prática da agricultura de subsistência. Esse modelo agrícola, praticado geralmente por agricultores de baixa renda, não promove seu desenvolvimento socioeconômico. Pelo contrário, favorece o êxodo rural e a exploração extrativista predatória dos parcos recursos disponíveis nestes domínios da Mata Atlântica. Uma das espécies que mais sofre esse tipo de pressão é a juçara (Euterpe edulis Mart.), que fornece um palmito de sabor muito apreciado mas, no entanto, tem sua produção baseada unicamente no extrativismo.

Para reduzir este impacto, pesquisas tem indicado o plantio de palmito de pupunheira, espécie nativa da região amazônica que se adaptou muito bem em outras regiões do país.

Por suas características, a pupunha também pode ser trabalhada no sistema de agricultura familiar, podendo ser cultivada isoladamente ou consorciada com outras culturas, o que a torna sustentável do ponto de vista socioeconômico.