Roedores
Autores
Dalva Luiz de Queiroz - Embrapa Florestas
Ronaldo Pavarini - Consultor autônomo
Os roedores que causam danos em viveiros de pupunheira são os ratos comuns e o rato-da-taquara. Estes ratos são extremamente generalistas e se alimentam de quase tudo que está à disposição. Estes roedores são de distribuição cosmopolita e têm sido frequentemente observados associados a plantios novos e viveiros de pupunheira no Paraná. Utilizam como habitat locais onde encontram abrigo, alimentação e água. Nestas condições, eles se reproduzem em grandes quantidades.
Na Região Sul, as sementes da taquara alimentam vários roedores silvestres, principalmente do rato-da-taquara, Kannabateomys amblyonyx. Quando ocorre o fenômeno conhecido por “seca da taquara”, a escassez do alimento em poucos meses faz com que os ratos busquem outras fontes. Assim, milhares de ratos correm pelos campos, estradas, invadem casas, paióis, etc., à procura de alimento. Na região sul do Paraná e norte de Santa Catarina foram registrados vários ataques aos plantios florestais e viveiros de pupunheira durante a seca da taquara, entre julho de 2005 e janeiro de 2006. Esses roedores causaram danos às mudas de pupunha, se alimentando da base das mudas, causando a morte das mesmas.
Medidas de controle de roedores
O controle de roedores em viveiros de pupunheira é basicamente físico e cultural. Os viveiros devem ser cercados com telas de malha fina, não permitindo a entrada dos mesmos. Restos de mudas velhas, doentes e outros materiais vegetais devem ser descartados. A área ao redor do viveiro deve ser mantida limpa e livre de entulhos, o que diminui o abrigo dos roedores, deixando-os mais suscetíveis à ação de predadores.