Pupunha
Viveiros
Autores
Álvaro Figueredo dos Santos - Consultor autônomo
Edinelson José Maciel Neves - Consultor autônomo
Antonio Nascim Kalil Filho - Embrapa Florestas
Local
A escolha de um local para a instalação do viveiro deve obedecer a alguns critérios:
- optar por locais isolados ou afastados de plantios definitivos da mesma espécie, para evitar fontes de contaminação de doenças nas proximidades do viveiro;
-
evitar os locais sombreados, especialmente por edificações ou árvores localizadas nas proximidades, para evitar o acúmulo de umidade no ambiente interno do viveiro;
- optar por locais naturalmente bem drenados ou, se necessário, fazer um sistema de drenagem.
Instalações
O ambiente interno do viveiro deve possibilitar a evaporação rápida da água, assim como ter uma boa insolação. Estas condições evitam que as mudas fiquem debilitadas e fracas por falta de luz. Além disso, a retenção de umidade na superfície do viveiro favorece o estabelecimento de doenças.
O piso do viveiro deve ser de boa drenagem, que permita uma rápida saída da água do sistema após a irrigação ou chuva. Comumente, tem-se observado em viveiros de pupunheira o uso de pisos mal drenados e, nas épocas chuvosas, a ocorrência generalizada de doenças foliares nas mudas, devido ao excesso de umidade. Nestes casos, o controle das doenças deve ser integrado à drenagem do piso.
Como cobertura do viveiro, recomenda-se o uso de tela de sombreamento, ripado, bambu ou outro material, desde que permita sua retirada no processo de rustificação e uma boa insolação no ambiente interno do viveiro (meia sombra). São comuns viveiros com excesso de sombreamento, principalmente nas épocas do ano de menor insolação, favorecendo o enfraquecimento das plantas e excesso de umidade.
Quanto ao arranjo dos canteiros, estes devem ser dispostos de maneira que o comprimento fique no sentido norte-sul. Este arranjo facilita a insolação das mudas. Para os canteiros localizados no nível do piso, deve-se evitar o acúmulo de umidade que favorece a incidência de doenças foliares. No caso de canteiros suspensos, o seu uso tem a vantagem de evitar contaminação por propágulos de patógenos oriundos do piso, além de favorecer a ventilação.