No Nordeste brasileiro, a cultura do sisal é tecnicamente bastante simples, visto que as suas diversas fases se desenvolvem com o baixo nível tecnológico.

Contudo, a importância do sisal (Agave sisalana Perrine) para a economia do setor agrícola nordestino é inegável e pode ser analisada sob diversos aspectos, merecendo destaque a ocupação de solos pobres da região, o que gera atividade econômica e possibilita renda e emprego para um grande contingente de pessoas, além de propiciar uma importante fonte de divisas para os estados produtores, especialmente para a Bahia.

Apesar da importância do sisal, o desempenho da cultura no Brasil vem sofrendo, nos últimos anos, declínio na área plantada e na produtividade, cujos fatores principais estão diretamente ligados ao baixo valor pago pela fibra, à competição com os fios sintéticos, ao alto custo de produção, à falta de máquinas modernas para a colheita, a períodos de grande estiagem e ao fato de se aproveitarem somente de 3% a 4% do total da planta, referentes à porção da fibra.

Apesar de tudo, é preciso entender que o sisal continua sendo uma das poucas opções econômicas para a região semiárida do Nordeste do Brasil, e que dificilmente outra cultura poderá ser mais rentável economicamente e mais vantajosa para a área em questão. Com base nisso, conclui-se que é imprescindível garantir sua continuidade, realizar estudos e trabalhos capazes de estimular a expansão, e promover o progresso tecnológico. Os principais passos para o cultivo do sisal são descritos ao longo dos itens da Árvore do Conhecimento do Sisal.