Soja
Ferrugem Asiática da Soja
Autores
Ricardo Vilela Abdelnoor - Embrapa Soja
Francismar Correa Marcelino Guimares - Embrapa Soja
Alexandre Lima Nepomuceno - Embrapa Soja
A primeira constatação da ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, em lavouras no Brasil, ocorreu na safra 2001/02 e rapidamente espalhou-se pelas principais regiões produtoras, em função da eficiente disseminação pelo vento.
O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação, da resistência/ tolerância e do ciclo da cultivar utilizada. Reduções de produtividade próximas a 70% podem ser observadas quando comparadas áreas tratadas e não tratadas com fungicidas, em anos de alta incidência da doença.
A confirmação da ferrugem é feita pela constatação no verso da folha (face abaxial), de saliências semelhantes a pequenas feridas (bolhas), que correspondem à estrutura de reprodução do fungo (urédias). Essa observação é facilitada com uma lupa de 10 a 20 aumentos, conforme ilustrado na figura abaixo.
Na Embrapa Soja, no laboratório de Biotecnologia Vegetal e Bioinformática, vários trabalhos de pesquisa são desenvolvidos objetivando-se identificar genes de resistência ao fungo, através do uso de ferramentas moleculares, como por exemplo, marcadores moleculares, diferentes bibliotecas de cDNA que auxiliam no processo de isolamento de genes de interesse, sequenciamento entre outras metodologias.
Foto:Catelli, L.L.
Figura 1. Folhas de soja infectada com o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, ilustrando as lesões resultantes da infecção. Em A, no verso da folha (face abaxial) lesões de resistência (RB-Reddish Brown) e em B, detalhes das lesões (pústulas contendo as urédias) de suscetibilidade (TAN).