Soja
Nematoide de cisto da soja (NCS)
Autores
João Flávio Veloso Silva - Embrapa Alimentos e Territórios
Francismar Correa Marcelino Guimares - Embrapa Soja
Ricardo Vilela Abdelnoor - Embrapa Soja
Waldir Pereira Dias
Alexandre Lima Nepomuceno - Embrapa Soja
O nematoide de cisto da soja – NCS, (Heterodera glycines Ichinohe), detectado no Brasil pela primeira vez na região dos Cerrados em 1991/92. Atualmente, está presente em 10 Estados (MG, MT, MS, GO, SP, PR, RS, BA, TO e MA) e estima-se que a área com o nematoide seja superior a 2,0 milhões de hectares (EMBRAPA, 2008).
Este patógeno penetra nas raízes da planta e dificulta a absorção de água e nutrientes, reduzindo o número de vagens, provocando clorose e baixa produtividade. Os sintomas aparecem em reboleiras e, em muitos casos, as plantas acabam morrendo. O sistema de raízes fica reduzido e infestado por minúsculas fêmeas do nematoide com formato de limão ligeiramente alongado. A cada safra, diversos municípios são acrescentados à lista de municípios atingidos, representando um grande desafio para a pesquisa, à assistência técnica e ao produtor brasileiro de soja.As estratégias de controle incluem a rotação de culturas, o manejo do solo e a utilização de cultivares de soja resistentes, sendo ideal a combinação dos três métodos. Algumas cultivares de soja resistentes ao NCS já foram desenvolvidas pela Embrapa Soja e por outras instituições de pesquisa e encontram-se disponíveis para o produtor, como as cultivares BRS262 e BRS295RR resistentes às raças 1 e 3 (EMBRAPA, 2008). Estas cultivares foram desenvolvidas utilizando-se ferramentas biotecnológicas juntamente com o Programa de Melhoramento de Soja.
Fonte: Iowa State University, 2007
Figura 1. Em A, sintomas da infestação de NCS em lavouras de soja, em forma de reboleiras isoladas, em B, fêmeas do nematoide com formato de limão ligeiramente alongado e em C, cistos cheios de ovos, liberados no meio ambiente, altamente resistente à deterioração e à dessecação e muito leves.
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Embrapa Soja