As técnicas de colheita de soja dependem, entre outros, do nível de mecanização da propriedade agrícola que, por sua vez, está relacionada ao tamanho da mesma. Durante séculos, a soja foi e é colhida no Extremo Oriente por pequenos produtores que cortam e/ou arrancam as plantas à mão, transportando-as, posteriormente, a um lugar onde se concentram os trabalhos de trilha e beneficiamento. Todavia, a elevada população recomendada para um rendimento ótimo de grãos – em torno de 300 mil plantas por hectare, a boa fixação da planta no solo na fase de maturação das sementes, o talo grosso e fibroso e a deiscência (queda) dos grãos fazem com que a colheita manual seja uma atividade desgastante para o homem e de risco para a produção. Por sua vez, a colheita semimecanizada é realizada por máquinas especialmente construídas para cortar e juntar as plantas em fileiras, deixando-as prontas para o recolhimento e para a trilha por outros equipamentos, tão logo as vagens estejam suficientemente secas para se abrirem. As modalidades de trilha variam de uma região a outra: manualmente, pelo manuseio de peças que, pelo atrito com as plantas, fazem com que as vagens se abram e as sementes sejam liberadas; e mecanicamente, por meio de trilhadoras estacionárias de diversos tipos e tamanhos. Neste caso, as máquinas devem ser cuidadosamente ajustadas para minimizar os danos latentes ou invisíveis e as quebras, rupturas, trincas, etc., dos grãos. Por fim, a colheita mecanizada da soja é realizada por equipamentos autopropelidos que na atualidade realizam, ao mesmo tempo, as operações de corte, recolhimento, trilha, separação, limpeza e armazenamento do produto.