Soja
Manejo da fertilidade do solo
Autores
Adilson de Oliveira Júnior - Embrapa Soja
Cesar de Castro - Embrapa Soja
Fábio Alvares de Oliveira - Embrapa Soja
Gedi Jorge Sfredo - In memoriam
Dirceu Klepker - Embrapa Cocais
Entre as práticas de manejo da cultura da soja, a adubação é a que promove os maiores ganhos em produtividade, diferente das práticas de manejo fitossanitário cujos objetivos são garantir o desempenho produtivo da cultura. Contudo, a resposta à adubação depende do estado da fertilidade do solo e da garantia das suas exigências quanto às condições climáticas, desde que respeitadas as recomendações fitotécnicas quanto à época de semeadura, espaçamento e população de plantas.
Do total de matéria seca acumulada pelos vegetais, aproximadamente 90% correspondem aos nutrientes carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), provenientes do gás carbônico e da água absorvidos e incorporados durante o processo fotossintético (Malavolta, 1980). Os nutrientes minerais, absorvidos pelo sistema radicular diretamente da solução do solo e, no caso da soja, o nitrogênio também fixado simbioticamente, limitam-se a concentrações que variam de 0,1 a 6 g/kg de matéria seca. Dentre esses, apenas 14 são considerados essenciais (Malavolta et al., 1997), dividindo-se, conforme as quantidades exigidas pelas plantas em Macronutrientes: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S) e; Micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e zinco (Zn).A absorção dos nutrientes, de modo geral, é influenciada por diversos fatores, entre eles a capacidade de exploração do sistema radicular, as condições climáticas, as propriedades dos solos, a disponibilidade de água e de nutrientes no solo e o manejo cultural. A exigência nutricional é variável com o estádio de desenvolvimento da soja, mas, de maneira geral, tanto para macro quanto para micronutrientes, acompanha a taxa de acumulação de matéria seca durante o estádio vegetativo até o final da floração.
Referências: Malavolta et al., 1997