Soja
SPD
Autores
Adilson de Oliveira Júnior - Embrapa Soja
Fábio Alvares de Oliveira - Embrapa Soja
Gedi Jorge Sfredo - In memoriam
Dirceu Klepker - Embrapa Cocais
Cesar de Castro - Embrapa Soja
O uso da sucessão soja/trigo ainda é uma prática bastante comum na região Sul do Brasil. Ambas as culturas podem se beneficiar neste sistema. A maior limitação seria o aumento de doenças foliares na cultura do trigo a partir do terceiro ano da sucessão. A maior exigência de fertilidade do solo pela cultura do trigo, cujo manejo da fertilidade confere ao solo acúmulo de nutrientes, principalmente o fósforo, pode contribuir para a redução da adubação para a cultura da soja. Por outro lado, o trigo se beneficia do fornecimento de quantidades significativas de N pelos resíduos da cultura da soja.
Como os níveis críticos de fósforo e potássio no solo para o sistema soja/trigo são mais elevados que os índices de resposta à adubação para soja, pode-se adotar um manejo da adubação da soja que considere o aproveitamento da adubação residual do trigo cultivado anteriormente. Assim, em solos do Estado do Paraná livres de alumínio tóxico, nas situações em que o cultivo de inverno (trigo, aveia ou cevada) seja devidamente adubado, o manejo da fertilidade deverá obedecer aos seguintes preceitos:
- A concentração de P e K no solo para a sucessão soja/trigo-aveia-cevada, deverá ser mantido com no mínimo 9,0 mg dm-3 e 0,30 cmolc dm-3, respectivamente, em função da exigência da cultura do trigo.
- As adubações com P e K podem ser suprimidas para o cultivo da soja, quando a disponibilidade destes nutrientes no solo estiver acima dos níveis críticos estabelecidos para a sucessão.
- Para o monitoramento da fertilidade do solo, a análise do solo a cada dois anos é ferramenta fundamental para a tomada de decisão quanto à quantidade e à periodicidade das adubações. A análise de solo deve ser obrigatória ao final do cultivo de soja com a supressão da adubação P e K.