Identificação e monitoramento

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Odilon Ferreira Saraiva

Henrique Debiasi - Embrapa Soja

Julio Cezar Franchini dos Santos - Embrapa Soja

Paulo Roberto Galerani - Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento

 

A melhor maneira de avaliar o efeito da compactação do solo sobre o desenvolvimento da soja é através da abertura de trincheiras (50 cm de profundidade) para a avaliação da distribuição, do formato e da orientação das raízes. Concentração superficial, raízes grossas e achatadas, com aspecto recurvado e orientação vertical prejudicada (Figura 1), são indícios de compactação excessiva do solo. Nessa ocasião também é importante a avaliação das estruturas (agregados) do solo. Nas estruturas do solo compactado há poucas raízes, baixa atividade biológica e ausência quase que completa de orifícios e porosidade, além do que, ao serem quebradas, evidenciam faces de rupturas lisas e aspecto prismático. As estruturas não compactadas apresentam superfície rugosa, com aspecto arredondado, sendo possível a visualização de porosidade e fissuras. Nesse ambiente há desenvolvimento radicular bastante ramificado e em forma não achatada. Esse diagnóstico pode ser enriquecido com avaliações de resistência do solo à penetração (RP) obtidas com auxílio de um penetrômetro. Estando o solo na faixa de umidade friável (cinco a seis dias após uma chuva), valores de RP em torno de 3,5 MPa indicam indícios de compactação, enquanto que valores acima de 5,0 MPa podem indicar presença de compactação forte.

 

Foto: Henrique Debiasi

Raiz de Soja em solo compactado
Figura 1. Aspecto da raiz de soja cultivada em solo compactado.