Grade Pesada

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Odilon Ferreira Saraiva

Paulo Roberto Galerani - Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento

Julio Cezar Franchini dos Santos - Embrapa Soja

Henrique Debiasi - Embrapa Soja

 

A baixa capacidade operacional dos arados fez com que muitos produtores, especialmente na região Centro-Oeste do Brasil, substituíssem os arados pela grade pesada (Figura 1), conhecida também como grade aradora. A exemplo do preparo convencional, esse sistema envolve uma ou duas gradagens leves para nivelamento e destorroamento após a passagem da grade pesada. Os discos da grade pesada se aprofundam no solo pela ação de seu peso, cortando fatias estreitas de solo que são deslocadas para o lado, promovendo sua desagregação em intensidade superior à dos arados. Ao contrário dos demais implementos de preparo do solo, a profundidade de trabalho da grade pesada é pequena, dificilmente ultrapassando os 15 cm. Com isso, esse implemento tende a formar uma camada compactada abaixo da camada preparada (pé-de-grade), o que reduz a infiltração e o desenvolvimento radicular. A pulverização excessiva da superfície do solo, associada à formação de uma camada compactada mais superficial comparativamente aos arados, torna o solo altamente suscetível a perdas de solo e água por erosão hídrica. Da mesma forma que o preparo convencional, o preparo reduzido com grade pesada acelera a decomposição da matéria orgânica do solo, levando a sua degradação.  Além disso, a grade pesada tem desempenho insatisfatório em áreas com grandes quantidades de restos de cultivo da superfície por isso os mesmo ficam semi-incorporados e os nutrientes concentrados numa pequena profundidade do solo.

 

Foto: Henrique Debiasi 

Grade Pesada

Figura 1. Grade pesada.