Preparo convencional

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

 

Durante as décadas de 70 e 80, o principal sistema de preparo do solo utilizado para a soja correspondia à aração com arado de discos (Figura 1), trabalhando a uma profundidade média de 20 a 25 cm, seguida de duas ou mais gradagens leves para destorroamento e nivelamento da superfície do terreno. Esse sistema até hoje é conhecido por preparo convencional de solo. Como opção ao arado de discos, tem-se o arado de aivecas (Figura 2), que apresenta como principais vantagens uma melhor preservação dos agregados do solo e uma maior eficiência no controle de plantas daninhas e enterrio dos restos culturais, além de atingir maiores profundidades de trabalho (até 40 cm). Porém, o arado de discos é mais eficiente em áreas argilosas e com restos de raízes, galhos, etc. Um dos principais inconvenientes do uso de arados de discos ou aivecas no preparo do solo é a baixa capacidade operacional dos mesmos (2,5 horas para arar um hectare, considerando um arado de três discos). O preparo com arados de discos ou aivecas confere ao solo alta suscetibilidade à erosão hídrica, pois a ação desses implementos resulta numa superfície do solo com baixa cobertura por resíduos vegetais e excessivamente pulverizada (Figura 3). O uso contínuo dos arados resulta na formação de camadas compactadas em subsuperfície (pé-de-arado), as quais agravam o problema da erosão e limitam o desenvolvimento radicular da soja. Além disso, o preparo convencional reduz o teor de matéria orgânica do solo, levando à degradação de suas propriedades físicas, químicas e biológicas.

 

Foto: Eleno Torres

Arado de discos

Foto: Henrique Debiasi

Arado de aivecas
 Figura 1. Arado de discos.

 Figura 2. Arado de aivecas.

 

Foto: Henrique Debiasi

Aspecto da superfície do solo após a realização do preparo convencional.
 Figura 3. Aspecto da superfície do solo após a realização do preparo convencional.